Para Nokia, Brasil chega à saturação com 55% de densidade

O presidente da Nokia do Brasil, Fernando Terni, disse que quando o País chegar a uma densidade entre 50% e 55% (entre 90 milhões e 95 milhões de aparelhos), atingirá o ponto de saturação de vendas de handsets. A partir daí, as operadoras terão que apontar seu foco para os serviços e dados, o que dá um maior retorno por assinante, afirma Terni. Até janeiro último, o País contava com 66,6 milhões de usuários móveis, equivalente a uma densidade de 36%.
Para este ano, o crescimento da telefonia móvel no Brasil deve sofrer algumas alterações em relação ao ano passado. Terni diz que há que se considerar as variáveis entre um mercado como o brasileiro e um mercado maduro. A estratégia principal das operadoras, segundo o presidente da Nokia, está centralizada na aquisição de base, com subsídio de aparelhos. ?O subsídio ainda dirige o crescimento do mercado?, afirma. Mas as teles devem mudar essa estratégia em função do alto custo de aquisição e baixa receita média por assinante (Arpu). Terni diz que isso começa a ocorrer, tendo em vista que os preços médios dos aparelhos em dezembro do ano passado já foram superiores aos preços do Natal de 2003, e continuaram mais caros em janeiro.

Market share

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A Nokia não divulga seu percentual no market share brasileiro, mas, de acordo com Terni, a participação da empresa corresponde ao 2º, 3º e 4º concorrentes somados. O Brasil já é o sexto maior mercado mundial da Nokia. Em 2003, o País estava na nona colocação.
No ano passado, a Nokia teve um faturamento interno (exclui exportações) de US$ 1,456 bilhão, crescimento de 57,6% em relação a 2003, de US$ 924 milhões. Com as exportações, o faturamento foi de US$ 1,73 bilhão (US$ 1,55 bilhão em 2003). Por conta da alta demanda interna no ano passado, a empresa exportou US$ 270 milhões (US$ 625 milhões em 2003).
Para este ano, Terni afirma que as exportações serão retomadas. Neste sentido, negocia com o governo federal ? Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Secretaria da Receita Federal ? uma forma de acelerar as exportações. ?O nosso objetivo é sensibilizar o governo para o fato de que o País necessita de uma legislação moderna se quiser ser uma plataforma de exportação.?
Terni afirma que a grande demanda da Nokia junto ao governo é para a logística das exportações e não tem nada a ver com renúncia fiscal ou política cambial. A empresa finlandesa investiu US$ 150 milhões no País no ano passado. Mundialmente, vendeu 207,7 milhões de aparelhos e obteve um market share de 34% no último trimestre de 2004 e de 32% durante todo o ano.

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