F-Secure: em troca de sinal de Wi-Fi, pessoas concordam até em abandonar primeiro filho

É sabido que as pessoas aceitam compartilhar informações pessoais em troca de serviços "gratuitos", como o próprio Google costumeiramente faz. Mas isso pode passar dos limites, como abandonar o filho primogênito ou o animal de estimação, segundo mostra uma pesquisa realizada em Londres pela britânica Cyber Security Research Institute e a alemã Syss a pedido da companhia de segurança F-Secure e divulgada nesta quarta, 22. Como se não bastasse, ao acessar o Wi-Fi livre, as pessoas acabam submetendo seus aparelhos a redes não protegidas, expondo dados pessoais, como conteúdos de e-mail e até senhas.

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A pesquisa foi realizada em bairros comerciais e "com perfil mais politizado" na capital inglesa com usuários desavisados e um ponto de acesso Wi-Fi portátil. Em meia hora, 250 dispositivos se conectaram, a maioria automaticamente, sem que o usuário percebesse. A empresa registrou 33 pessoas navegando e capturou 32 MB de dados, que foram destruídos para preservar a privacidade. Mas a constatação foi que, por meio de uma rede POP3, era possível ler o conteúdo de e-mails, endereços de remetente e destinatário e até a senha do remetente.

A partir daí, os pesquisadores implantaram as cláusulas absurdas em uma página com Termos e Condições para uso do Wi-Fi. De acordo com a F-Secure, seis pessoas aceitaram abandonar o filho primogênito e o animal de estimação em troca da navegação. A companhia alerta ainda para o perigo de captura de informações, utilizando ferramentas de "sniffer", que monitoram e espionam o tráfego da rede sem fio. A solução, diz a empresa, é não usar Wi-Fi público ou recorrer a aplicativos de segurança que criptografem a rede.

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