A Nokia registrou uma queda de 31% em seu lucro operacional no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, baixando de 427 milhões para 295 milhões de euros. O resultado foi impactado por uma redução de 16% no lucro da unidade de terminais e serviços, assim como por prejuízos registrados pela Navteq e pela Nokia Siemens Networks, de 81 milhões e 179 milhões de euros, respectivamente. A empresa ressalta, entretanto, que o balanço foi impactado por ocorrências extraordinárias relacionadas à formação da Nokia Siemens e a aquisições realizadas recentemente. Em um hipotético balanço sem tais ocorrências, no qual Navteq e Nokia Siemens estariam no azul, o lucro operacional da empresa teria caído apenas 15%.
A receita da Nokia cresceu 1% na comparação anual entre trimestres, atingindo 10 bilhões de euros. A maior parte provém da unidade de terminais e serviços, responsável por um faturamento de 6,8 bilhões de euros, valor 3% superior ao mesmo período do ano passado. No mesmo intervalo, a receita da Navteq cresceu 71%, chegando a 252 milhões de euros, enquanto aquela da Nokia Siemens Networks diminuiu 5%, fechando o trimestre em 3,04 bilhões de euros.
América Latina e smartphones
Merece destaque a gradativa valorização do segmento de smartphones e mobile computers, cuja receita aumentou 12% e pela primeira vez superou aquela de celulares comuns, atingindo 3,43 bilhões de euros. O segmento de celulares teve queda de 4% na receita, fechando o trimestre com faturamento de 3,37 bilhões de euros. Nesses números estão incluídos acessórios e servidos vendidos para ambos os tipos de terminais.
Volume
No segundo trimestre, a Nokia comercializou 111 milhões de terminais, volume 8% superior ao mesmo período do ano passado. Houve aumento de volume em todas as regiões, com exceção da América do Norte, onde a queda foi de 19%. A América Latina liderou o crescimento em volume, com aumento de 26%. A Nokia calcula que o mercado global no segundo trimestre foi de 338 milhões de terminais, o que significa que ela teria aproximadamente um terço de market share.
Em 12 meses, o preço médio por terminal da Nokia caiu de 64 para 61 euros. O preço médio dos celulares das séries 30 e 40 baixou de 41 para 39 euros. Entre smartphones e mobile computers a queda foi de 21%, diminuindo de 181 para 143 euros.