A Embratel mantém negociações com empresas interessadas em adquirir sua clearinghouse. De acordo com o gerente de clearing da empresa, André Augusto Sant'Anna, a empresa contratou o banco BNB Paribas para encontrar um comprador e contatos já estão sendo feitos neste sentido. A intenção, em princípio, é de venda de 100% da divisão, mas a manutenção de uma participação não está descartada. Sant'Anna não revelou nomes nem a quantidade de interessados. Revelou apenas que a expectativa da Embratel é de que o negócio seja concluído até fevereiro.
O executivo assegurou que a TSI, empresa norte-americana com a qual a Embratel mantém acordo operacional e chegou a negociar a venda de sua divisão, não está entre as possíveis candidatas. O acordo preliminar, segundo Sant'Anna, também está para ser desfeito.
Paralelamente, a Embratel trabalha também com a possibilidade de, na falta de um comprador, desagregar a divisão e transformá-la em uma empresa independente. A alternativa visaria afastar o temor por parte de clientes quanto ao acesso a informações estratégicas a um grupo concorrente.
O mês previsto para a venda e lançamento dos novos serviços coincide com o prazo estabelecido para que a clearing da Embratel inicie a interligação com a Cleartech, concorrente homologada pela Associação Brasileira de Roaming (ABR) para a prestação de serviço de compensação de cobrança de tráfego de roaming das celulares. A Embratel é a única a atender este mercado, tendo herdado a operação no processo de privatização. A Cleartech alegava não poder entrar no mercado de telefonia móvel por não ter acesso aos dados da clearing das operadoras atendidas pela Embratel. No final do ano passado, com a mediação da ABR, iniciou-se um processo para estabelecimento dos critérios técnicos para a troca de informações entre as duas empresas.