ISPs gaúchos pedem recursos e barreira competitiva para reconstruir redes

Foto: Reprodução/Twitter

Em reunião com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, representantes dos provedores de pequeno porte, especialmente Abrint e InternetSul, mas também com o apoio de outras associações setoriais, apresentaram uma lista de reivindicações para a recuperação da estrutura dos PPPs no Rio Grande do Sul.

Elas passam desde a possibilidade de suspensão de contratos de trabalho temporariamente até medidas que impeçam que outras operadoras avancem sobre os clientes afetados com recursos públicos. Os provedores pediram:

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  • Alguma forma de desoneração para as empresas, similar ao que ocorreu durante a pandemia;
  • Ajuda com folha de pagamento, incluindo suspensão de contratos de trabalho, entre outras medidas;
  • Financiamentos com juros simbólicos, período de carência e prazo longo para pagamento;
  • Barreiras para evitar que outras empresas avancem sobre as áreas das PPPs atingidas e que estão passando por momentos de fragilidade, garantindo que a ajuda e os recursos sejam destinados exclusivamente à reconstrução e recuperação das empresas afetadas;
  • Atenção total para que todos os recursos cheguem principalmente às micro e pequenas empresas que não têm condições de acesso direto ao FUST e às políticas de desoneração;
  • Reconhecimento público da importância do setor na conexão do RS e de todo Brasil de forma mais enfática pelo Ministério.

Participaram da reunião a InternetSul, Abrint, Apronet, Abramulti, Redetelesul, ASPRO, Associação Neo e TelComp. Segundo a InternetSul, há 629 provedores na região, cobrindo 494 cidades e com um total de cerca de 2 milhões de assinantes declarados. Foram impactadas redes em 149 cidades, além de 7,5 mil colaboradores (dos quais cerca de 10% ainda em situação de desalojamento) e 2,9 mil escolas.

Nas 149 cidades afetadas havia, segundo levantamento da InternetSul, 94 ISPs, 6 mil km de redes, 1,1 milhão de assinantes declarados (porque muitos ISPs não reportam números para a Anatel), sendo que 30% dos assinantes foram afetados até aqui (220 mil), com projeção de impacto para 338 mil assinantes.

O impacto em investimentos foi de R$ 758 milhões e a projeção de investimentos necessária é de R$ 1,2 bilhão.

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