Analistas do setor de telecomunicações ouvidos por TELETIME News parecem estar convencidos de que o Opportunity pretende mesmo vender a sua participação na Telemig Celular ? sua jóia no segmento sem fio ? para aplicar os recursos na formação da rede de telefonia móvel da Brasil Telecom.
O vice-presidente financeiro da holding Telemig Celular, João Cox Neto, embora não se refira explicitamente a essa estratégia (ao contrário, estaria falando apenas em seguir um caminho próprio), tem reiterado a analistas que o consórcio com a BrT não foi adiante.
Se for realmente essa a estratégia do Opportunity, restaria saber quanto poderia valer uma operadora do porte e da qualidade da Telemig Celular, e a quem poderia interessar o negócio no quadro das telecomunicações do País.
Qualquer que seja a decisão dos controladores, ela tem que ser rápida, pois todas as grandes redes já estão sendo montadas. Se permanecer apenas como uma operadora regional, a Telemig Celular tende a perder fôlego no futuro face ao aumento da competição.
É corrente no mercado a interpretação de que a Vivo continuaria muito interessada na aquisição da Telemig Celular.
O que não é necessariamente bom para os acionistas minoritários, dado o histórico das operações realizadas pela Telesp Celular. Nesta quarta-feira, 20, as ações preferenciais da empresa fecharam a R$ 3,22, com alta de 4,21%.