Ainda não está claro se Renato Guerreiro fica na Anatel para mais um mandato. Ele não se manifesta sobre o assunto e evita perguntas nesse sentido. O mandato do presidente da agência vai até o próximo dia 4 de novembro e oficialmente a decisão, que será do presidente da República, ainda não foi tomada. Mas uma série de fatos levam a crer que Guerreiro será mesmo reconduzido. Os ministros Pimenta da Veiga e Pedro Parente já declararam sua concordância com a permanência de Guerreiro na agência. Pimenta, inclusive, chegou a dizer que essa é a vontade de FHC. Há ainda alguns fatos a considerar:
A Anatel está consolidada e já disse a que veio ao mercado de telecomunicações e também aos usuários. É provavelmente a agência de maior prestígio do atual governo.
Mas ao mesmo tempo, o momento é delicado para a continuidade dos trabalhos de encaminhamento de processos importantes como as licitações do SMP e a decisão sobre TV digital.
Ao mesmo tempo, a partir do próximo ano a agência começa a contratar os novos funcionários escolhidos em concurso público.
O presidente da Anatel é considerado por colegas um conselheiro "faixa larga", que no jargão de telecomunicações significa alguém que entende de tudo. No momento é consenso de que haveria muito pouca gente com competência para substituí-lo.
Guerreiro age como se fosse ficar sem demonstrar um tipo de desânimo de quem está para deixar o cargo.
Ao mesmo tempo, nos círculos mais íntimos, Guerreiro demonstra a vontade de sair até por vontade de sua família. No entanto, Guerreiro já disse publicamente que a decisão caberá ao presidente da República. Quem o conhece mais de perto garante que ele não recusaria um apelo deste tipo.