O ano de 2012 foi mais do que positivo para a fabricante norte-americana de chipsets Qualcomm. A empresa conseguiu aumentar sua receita em 28% em 2012 em relação ao ano passado, encerrando seu ano fiscal no mês de setembro com um faturamento de US$ 19 bilhões. O volume total de chipsets vendidos também aumentou na comparação anual, 22%, somando 590 milhões de unidades. Agora a empresa inicia uma nova estratégia e busca criar laços com o consumidor final a partir da sua marca de processadores para dispositivos conectados Snapdragon. "A Qualcomm está tomando uma nova posição no mundo e precisamos ter maior visibilidade junto ao consumidor final. Vamos começar uma campanha de marketing para divulgar a marca Snapdragon no Brasil", conta o vice-presidente senior e presidente para América Latina da Qualcomm, Rafael Steinhauser. "2013 será o ano em que o smartphone deve se massificar no Brasil e queremos fazer a ponte entre fabricantes, operadoras e desenvolvedores para estimular o mercado de 3G no País", afirma.
A ideia é da parceria com operadoras e varejo é treinar equipes de vendas sobre funcionalidades e diferenças entre aparelhos 2G e 3G. "Estamos estreitando nossas relações com operadoras e com o varejo para treinamento da força de vendas entre essas diferenças para que o consumidor não compre mais 2G", pontua Steinhauser. Cálculos apresentados pelo executivo estimam que dois terços dos novos celulares vendidos no Brasil ainda são 2G e a projeção de crescimento de dispositivos 3G e 4G para a América Latina entre 2011 e 2016 é de nada menos do que 308%.
Basicamente, o que a Qualcomm espera alcançar é o reconhecimento do consumidor final de que um handset equipado com o chipset Snapdragon tem melhor desempenho de processamento, agilidade e ainda maior economia de bateria do que seus concorrentes.
Expectativas
As apostas da Qualcomm para o mercado brasileiro no próximo ano residem na continuidade da parceria com o governo federal, que deu origem ao centro de referencia para desenvolvimento de tablets; no incentivo ao desenvolvimento de novas soluções de smallcells para ampliar capacidade das redes móveis a custos similares aos de células macro para atender à explosão da demanda por dados móveis; e ainda soluções de comunicação máquina-a-máquina (MSM), que incluem smartmettering e soluções de mobile health, como monitoramento de pacientes crônicos.