Kassab ouve queixas e assume compromisso com revisão da carga tributária do setor

"Sabemos que as empresas estão no seu limite", disse o ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) na abertura da Futurecom, que acontece esta semana em São Paulo. Ele se referia à questão da carga tributária, um dos problemas mais antigos do setor. Kassab relatou uma conversa prévia que teve com as empresas, em que o assunto foi trazido . "As empresas me falaram na carga tributária e assumi com firmeza, em nome do governo, num trabalho de médio e longo prazo, com a participação do Ministério da Fazenda, começarmos a pensar em um futuro diferente", disse ele. "Sabemos que reduzindo a carga tributária vamos gerar mais demanda, gerar investimentos e expandir os empregos. Precisamos que a carga tributária seja compatível", disse Kassab, em total alinhamento com o que dizem as empresas de telecomunicações.

No mesmo evento, o assunto apareceu na pauta em outros momentos. O presidente executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy, levantou, durante a moderação de um painel sobre Internet das Coisas, o risco de que muitas aplicações não se desenvolvam no Brasil por conta do ambiente tributário. "Os brasileiros pagam em média R$ 5,04 por mês pelos serviços móveis. Mas uma vez por ano paga-se R$ 16 para um tributo. Em um Estado o imposto é de 68%", exemplificou Levy. "Precisamos trabalhar fortemente no plano nacional do IoT, para padronizar e dar escala, mas precisamos mostrar que essa questão de impostos é crítica. É impossível a prestação de um serviço tão massivo como esses com a nossa carga tributária".

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