A associação 3G Americas apresentou, durante o Mobile World Congress, um novo balanço da adoção das tecnologias de terceira geração na América Latina. Segundo a associação, 91% do mercado na região já é GSM ou HSPA, sendo que existem 52 redes 3G espalhadas em 24 países. Mas a associação se diz preocupada com as limitações de espectro que existem em muitos países. O Brasil é, nesse sentido, privilegiado, pois o teto de 85 MHz que cada operadora móvel tem direito é maior do que a média dos outros países. Ainda que, segundo Erasmo Rojas, diretor geral da associação, o ideal seria não ter limite, e o espectro ser alocado de acordo com as necessidades de cada serviço, como é em países desenvolvidos. Ainda assim, a 3G Americas advoga a rápida abertura de mais espectro para os atuais operadores, como forma de evitar limitações futuras nos serviços de dados. Segundo Rojas, as operadoras também precisam se planejar para reforçar o backhaul antes de adotarem tecnologias que gerarão maior capacidade de rede, como HSPA+ e, futuramente, LTE.
Em vários países latino-americanos, os reguladores estão utilizando o licenciamento de novas faixas para trazerem mais competidores ao mercado. "É bom que isso aconteça, mas é preciso assegurar que os operadores que já existem não fiquem sem o espectro necessário", diz Rojas. A 3G Americas também está preocupada com a questão do retorno financeiro dos investimentos que terão que ser feitos. "Na América Latina, a banda larga móvel está entrando no lugar da fixa, e isso gera a necessidade de mais investimentos. O modelo pré-pago para banda larga é complicado, e os custos de espectro e rede são muito elevados", diz. Para ele, compartilhamento de redes seria uma boa solução.
Mobile World Congress