Verizon preocupada com oferta de aparelhos LTE

A Verizon está preocupada com a disponibilidade de aparelhos capazes de rodar em redes LTE (Long Term Evolution). Embora seu CTO, Dick Lynch, não diga isso explicitamente, a preocupação fica clara com a notícia de que a operadora irá montar uma espécie de laboratório nos EUA onde seus técnicos trabalharão em conjunto com fabricantes para testar terminais e equipamentos de rede LTE. O projeto foi batizado de "LTE Innovation Center" e foi anunciado por Lynch nesta quarta-feira, 18, durante o Mobile World Congress, em Barcelona.
A falta de terminais é compreensível, já que ainda não existem redes LTE e o padrão ainda depende de homologações. A Verizon será a primeira operadora no mundo a lançar uma rede com essa tecnologia e, por isso mesmo, tem todo o interesse em ajudar os fabricantes a acelerar o processo de desenvolvimento de terminais. "Queremos pôr o LTE na rua o mais rápido possível", disse Lynch. A rede LTE da Verizon funcionará em 700 MHz e deve ser lançada comercialmente entre o fim deste ano e o começo do ano que vem. Ao longo de 2010, a idéia da operadora é cobrir entre 20 e 30 regiões metropolitanas dos EUA. O país inteiro estará coberto por rede LTE em 2015, calcula o executivo.
Telstra

Outra operadora presente entre os palestrantes desta quarta-feira, 18, em Barcelona, era a Telstra. Ao contrário da Verizon, a operadora australiana optou por migrar para o HSPA+ e deixar o LTE para mais tarde. O presidente da Telstra, Solomon Trujillo, apresentou alguns números interessantes sobre o uso de dados móveis por seus usuários HSPA. Hoje, o ARPU desses assinantes está US$ 22 acima do ARPU médio da Telstra. Além disso, a adoção do 3G fez com que a receita de dados da operadora passasse a responder por 36% do faturamento total da Telstra, percentual próximo daqueles verificados em operadoras japonesas e coreanas. "E não estamos contando a receita com tráfego SMS nesse número", afirmou Trujillo.