O Brasil faz parte da lista de 10 países com maior número de linhas celulares destinadas à comunicação entre máquinas (M2M, na sigla em inglês), junto com China, EUA, Japão, França, Itália, Reino Unido, Rússia, Alemanha e África do Sul. Juntos, esses dez países respondem por 70% da base mundial de conexões M2M, que fechou o ano de 2013 com 195 milhões. China e EUA lideram a lista, com 35 e 29 de conexões, respectivamente. A participação de M2M sobre a base mundial de linhas móveis dobrou entre dezembro de 2012 e dezembro de 2013, passando de 1,4% para 2,8%. Os números fazem parte de um relatório sobre o tema divulgado pela GSM Association (GSMA) nesta segunda-feira, 17.
Entre 2010 e 2013, o crescimento médio anual da base mundial de conexões M2M foi de 38%. Nesse período, a região com maior crescimento médio foi a Ásia (55% ao ano), seguida pela América Latina (44% ao ano) e pela África (41% ao ano). A previsão da GSMA é de que a base mundial de M2M alcance 250 milhões de linhas ao final deste ano. Apesar do segundo lugar em crescimento médio anual, a América Latina, ao fim de 2013, respondia por apenas 8% da base mundial de M2M, com destaque para o Brasil.
Quando analisada a proporção de M2M sobre a base total de linhas celulares de um país, o ranking muda completamente. Os mercados mais maduros são os que apresentam maior participação de M2M sobre sua base total. A liderança está com a Suécia (23,1%), seguida por Noruega (14,9%), Nova Zelândia (13,9%), Finlândia (11,4%), Dinamarca (9,8%), França (9,8%), Canadá (9,7%), EUA (9,2%), Reino Unido (7,8%) e Bélgica (6,8%). Em alguns desses países, como a Suécia, por exemplo, o sucesso de M2M pode ser explicado por políticas públicas, especialmente a exigência de adoção de medidores inteligentes em redes elétricas, que demandam conexão móvel de dados. Para se ter uma ideia, o Brasil encerrou 2013 com 8,2 milhões de conexões M2M, segundo a Anatel, o que correspondia a 3,1% da base nacional em dezembro.
Operadoras
De acordo com a GSMA, as operadoras estão amadurecendo as suas ofertas de M2M. O que antes era um serviço experimental, agora é uma oferta de prateleira, com adaptações para diferentes verticais de negócios. Algumas teles contam com diretorias especializadas para esse segmento. E há alianças internacionais de operadoras e fabricantes para padronizar o serviço. Atualmente, 428 teles em 187 países vendem serviços de M2M, o que equivale a 40% do total de operadoras no mundo. Os setores que mais tem demandado esses serviços são os de energia, indústria automotiva e saúde.