Câmara de Gestão do M2M ainda não discutiu possível extensão de desoneração

Com a desoneração para as comunicações máquina-a-máquina (M2M) sem interface humana valendo desde agosto, a Câmara de Gestão criada pelo Ministério das Comunicações para acompanhar o mercado finalmente teve a sua primeira reunião na semana passada, mas ainda não foi discutida uma possível expansão do benefício com uma revisão do conceito de interferência humana. Explica-se: segundo a Anatel, esse tipo de conexão M2M só contava com 146.713 de acessos em agosto, dentro de um universo de mais de 9,2 milhões de conexões (dado de julho) e de um potencial de crescer ainda mais se considerar a explosão da Internet das Coisas (IoT).

De acordo com o secretário de telecomunicações da pasta, Maximiliano Martinhão, a primeira reunião da Câmara acabou não abordando o assunto também porque esteve restrita a apresentações e participação de membros do governo, como representantes dos ministérios do transporte, saúde e educação. A intenção é que as reuniões da Câmara sejam bimestrais. “Talvez no início de novembro façamos a próxima. Agora tem representantes do governo,  e na próxima espero ter da indústria, operadoras, desenvolvedores e TI”, declarou Martinhão. A ideia é que o grupo fique responsável pela gestão de processos, além de acompanhar a evolução e surgimento de aplicações, subsidiar a formulação de políticas e promover a cooperação técnica.

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Na visão dele, a discussão passa por uma proposta de adotar uma numeração específica para esse tipo de acesso. “Hoje, o M2M está entrando da mesma forma como terminal de celular. A sugestão foi discutir com a Anatel para ter numeração específica, porque fica mais simples”, conta. A Anatel propõe também a aplicação do protocolo IPv6 para os dispositivos de IoT. “Deve entrar em vigor daqui a pouco uma norma de certificação para todo equipamento de rede (ter o novo protocolo), disse o conselheiro da agência, Rodrigo Zerbone, durante painel na Futurecom nesta quarta-feira, 15.
 
No mesmo painel, o secretário do Minicom, Maximiliano Martinhão, comparou a explosão da Internet das Coisas com o momento do surgimento da Internet comercial no Brasil, em 1995. “A impressão é que é semelhante, quando todo mundo sabia que era importante, mas não estava muito claro para onde esse bonde iria”, disse. “Quando a gente fez a projeção, da perda de receita para manter o equilíbrio fiscal do governo, fizemos um estudo – que acho que vai ser ultrapassado e a indústria vai responder além – que o crescimento anual de M2M seria de 33%, mas não tenho dúvida que será bem maior que isso”, disse ele.

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