América Móvil estaria negociando venda de ativos no México com AT&T e SoftBank

Para deixar de ter poder de mercado significativo e cumprir exigência do órgão regulador mexicano, o Instituto Federal de Telecomunicaciones (IFT), o grupo América Móvil (AMX) havia prometido vender parte de seus ativos para interessados, de preferência para um comprador único. Como sempre teve relação com a AT&T, especulava-se que a operadora norte-americana fosse uma das opções. Segundo a agência de notícias Bloomberg, citando "pessoas familiarizadas com o assunto", é exatamente isso que está se desenhando: a AMX estaria colocando a venda seus ativos na costa leste mexicana por US$ 17,5 bilhões, e a AT&T seria um dos potenciais compradores, além da japonesa SoftBank. Se isso de fato acontecer, o mercado mexicano ganhará um novo competidor.

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A venda incluiria infraestrutura da América Móvil em vários estados na costa banhada pelo Atlântico, e seria precificada em sete vezes o EBITDA, de US$ 2,5 bilhões – daí o valor total de US$ 17,5 bilhões.

A AT&T deixou de ser acionista da America Móvil em junho, ao desinvestir sua participação de 8,27%, representando 23,81% de ações votantes. A saída foi uma das garantias que a operadora quis dar em antecipação a possíveis considerações regulatórias em decorrência da tentativa de fusão com a DirecTV, que, por sua vez, resultará na entrada da companhia no Brasil (atualmente, a AT&T já atua em negócios corporativos). Para a japonesa SoftBank, seria uma porta de entrada na América Latina: a companhia já demonstrara interesse em aquisições na região. Atualmente, a companhia conta com escritórios em São Paulo, Buenos Aires, Cidade do México e Miami. Outras duas interessadas, segundo a Bloomberg, seriam a Bell  Canada e a China Mobile.

É importante lembrar que em julho, durante a conferência para analistas para o resultado financeiro do primeiro semestre, o CEO da AMX, Daniel Hajj, disse que a companhia não tem pressa para achar comprador, já que estaria preparada para lidar com as novas regras assimétricas e preponderantes – ou seja, encarando restrições por ser dominante. Até porque o grupo pretende entregar o projeto de reestruturação à IFT mesmo antes de encontrar um comprador. Na época, Hajj citou algumas das características da pretendente ao namoro financeiro: "Achamos que trazer uma nova companhia é bom para as telecomunicações no México e uma companhia sólida e forte poderia investir no país e criaria competitividade".

Como resultado dos rumores, as ações da América Móvil na bolsa da Cidade do México estavam em alta de 2,52% até as 16h30 desta segunda-feira, 15.

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