Google anuncia modelo de referência para smartphone de entrada, o Android One

De olho nos mercados emergentes asiáticos, o Google anunciou nesta segunda-feira, 15, o lançamento de sua linha smartphones de entrada, o Android One. Ou seja, é um projeto para introduzir modelos de referência, com Android puro, semelhante ao Nexus, mas destinado ao consumidor de baixa renda. Assim, a empresa fornecerá as atualizações do sistema operacional direto, inclusive a versão mais recente (ainda sem data), o Android L.

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O primeiro modelo será lançado hoje na Índia por 6.399 rúpias indianas (pouco mais de US$ 100) com a fabricante Karbonn: o Sparkle V Red, um dualSIM com tela de 4,5 polegadas com resolução de 480 x 854 pixels, câmera de 5 megapixels, 1 GB de RAM e a versão KitKat do Android. O programa será expandido para Indonésia, Filipinas e sul da Ásia (Bangladesh, Nepal, Paquistão e Sri Lanka) até o final do ano. Mais países deverão receber o Android One no ano que vem, segundo a companhia, que não adiantou quais seriam.

Sem mencionar especificações, o Google promete dispositivos que contarão com processador e câmeras "poderosos" e de "alta qualidade", além de slot para cartão de memória. "Também colocamos recursos que as pessoas na Índia acharão particularmente úteis, como dualSIM, bateria substituível e rádio FM embutido".  Uma das parceiras, a fabricante de chipset MediaTek, afirma que a primeira leva de dispositivos Android One terão o sistema no chip (SoC) MT6582, baseado na arquitetura quad-core ARM Cortex A7, e que tem hardware multimídia integrado e modem UMTS Release 8.

Além da MediaTek, os parceiros iniciais de hardware do Google são as fabricantes indianas Micromax, Karbonn e Spice. A empresa garante que mais parceiros internacionais se juntarão ao programa, incluindo Acer, Alcatel Onetouch, Asus, HTC, Intex, Lava, Lenovo, Panasonic, Xolo e a fabricante de chipsets Qualcomm. A estratégia também prevê um acordo com a operadora indiana Airtel, que fornecerá tráfego livre para atualizações de software gratuitamente nos primeiros seis meses, além de contar com franquia mensal extra de 200 MB de tráfego exclusivamente para 50 aplicativos.

"Não mexa no meu sistema"

"Ao trabalhar junto com fabricantes de telefone e de chips de silício para compartilhar designs de referência e componentes selecionados, estamos deixando mais fácil para nossos parceiros construir telefones que são não apenas ótimos de usar, mas também baratos", diz o comunicado da empresa. Nota-se inclusive uma posição muito clara do Google: faça o que quiser, mas não mexa no Android. "Nossos parceiros de hardware poderão criar experiências personalizadas e diferenciar seus dispositivos sem ter que mudar o software de núcleo."

Vale notar que fabricantes que mais personalizam o sistema operacional, como Samsung, Sony e LG, não estão, até o momento, na lista de empresas parceiras. Também ficou de fora a Motorola, que pratica estratégia semelhante com o smartphone Moto G, com hardware modesto, mas desempenho otimizado com a versão praticamente pura do Android. Mas há explicação para essa ausência: a Motorola ainda permanece sob o guarda-chuva do Google, mas deverá ser repassada para a Lenovo (esta sim, parceira já anunciada) até a conclusão da compra da companhia. A transação, de US$ 2,91 bilhões, foi anunciada no final de janeiro e a expectativa dos chineses seria de concluir o negócio até o final do ano, de acordo com a agência de notícias Reuters.

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