Durante a conferência para investidores da Vivendi nesta terça-feira, 14, a companhia francesa destacou seus planos em relação à GVT, mas reconheceu que ainda há desafios na manutenção da tele no Brasil. O CFO da controladora, Philippe Capron, afirmou que a decisão de suspender a venda foi positiva para os investidores. "No caso da GVT, nós finalmente definimos em manter o ativo e continuar o crescimento e desenvolvimento para aumentar o valor para acionistas", afirmou o executivo.
Mas Capron explicou que, apesar disso, a operadora brasileira encontrou dificuldades no desempenho do ano. "Somos mais caros do que nossos competidores (no Brasil), o que faz sentido porque temos melhores serviços, mas o crescimento na receita tem sido mais difícil do que no passado", explicou. Desconsiderando o aumento de 15,5% em valores locais, a GVT só conseguiu 1,4% de crescimento na receita em euros neste último trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2012.
Desistência
Após meses de imbróglio, a Vivendi decidiu suspender a venda da GVT em março, culminada pela desistência de oferta da DirecTV. Outro interessado era o grupo de equity KKR, mas a oferta seria ainda menor do que a da operadora de DTH. A Vivendi pedia 7 bilhões de euros pela venda da subsidiária brasileira. Na época, a operadora afirmou que a decisão dos acionistas foi "um reconhecimento do alto valor da GVT no mercado brasileiro em telecom e em TV por assinatura". A companhia disse também que possui capacidade financeira própria para "fazer frente aos investimentos previstos, que são de R$ 2,5 bilhões por ano nos próximos cinco anos". A GVT ressaltou que em 2014 deverá registrar fluxo de caixa positivo.