Vai à sanção projeto que amplia poderes da Ancine contra pirataria

Humberto Costa. Senador Humberto Costa (PT-PE). Waldemir Barreto/Agência Senado

O Plenário do Senado rejeitou nesta terça-feira, 12, as mudanças da Câmara dos Deputados ao projeto que prorroga até 2038 a cota obrigatória para produções brasileiras na TV paga (PL 3.696/2023) e que amplia as prerrogativas da Ancine no combate à pirataria de conteúdos audiovisuais. Agora, o projeto segue para a sanção da Presidência da República com o texto que foi inicialmente aprovado pelo Senado.

O texto aprovado atribui à Agência Nacional do Cinema (Ancine) a suspensão do uso não autorizado de obras brasileiras e estrangeiras protegidas. A expectativa é que as novas regras contribuirão para fortalecer o papel da Ancine no combate à pirataria dos conteúdos de TV paga, tarefa hoje restrita, na prática, à Anatel. A Ancine poderia bloquear sites e apps, o que a Anatel hoje não pode fazer.

A matéria de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que recebeu parecer favorável do senador Humberto Costa (PT-PE) foi aprovada no Senado, no âmbito da Comissão de Comunicação e Direitos Digitais (CCDD), no final do mês de agosto. Logo em seguida, foi enviada à Câmara – onde foi aprovada no final do mês de outubro. Como foi modificada pelos deputados, o texto teve de ser analisado pelo Senado mais uma vez.

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A Câmara havia inserido no texto a dispensa da nova regra da cota para os pequenos canais por assinatura e para aqueles com menos de 150 mil assinantes. Essa cota de exibição deve ser calculada anualmente pelo Poder Executivo e tinha acabado em setembro deste ano. O senador Costa disse reconhecer o mérito da emenda, mas rejeitou a sugestão ao alegar que "este tema precisa ser melhor debatido, seja em um projeto autônomo, seja em outra matéria que guarde a devida pertinência temática".

Em seu relatório, Humberto destacou que a cota de tela de programação na TV paga foi adotada em 2011, anos depois de estabelecida a cota de tela nas salas de cinema. O relator ainda registrou que, segundo a Ancine, a obrigação da distribuição de conteúdo nacional elevou a programação do mercado de obras brasileiras em 100,6% no ano de 2012 em relação ao exercício anterior, quando a cota foi estabelecida.

O projeto também renova o prazo, que havia acabado em 2021, de cumprimento de cota de distribuição de vídeo doméstico que seja produzido no Brasil. Essa cota havia sido instituída em 2001, em um momento no qual ainda existia um mercado de locação de vídeos (VHS e/ou DVD). Apesar da renovação até 2043, as empresas de distribuição desse tipo de mídia tiveram seu mercado diminuído em razão das plataformas de streaming (Netflix, Prime e outras).

(Com informações da Agência Senado)

2 COMENTÁRIOS

  1. Essas produções brasileiras são tão ruins , que precisam serem empurradas goela à baixo, nas tvs por assinatura e streaming . Affs que lástima.

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