Ericsson fecha segundo trimestre com queda de 7% nas vendas

Imagem: Ericsson/Divulgação

A Ericsson anunciou nesta sexta-feira, 12, resultados referentes ao segundo trimestre de 2024. No período, as vendas líquidas da empresa fecharam em 59,8 bilhões de coroas suecas (em torno de US$ 5,6 bilhões), o que representa um recuo de 7% na comparação com igual período do ano passado.

Na comparação com os três meses imediatamente anteriores, porém, houve crescimento 12%, indicam os números.

Segundo a empresa, a queda em um ano reflete a redução dos patamares de investimentos na maioria das geografias em meio ao cenário ainda desafiador (no primeiro tri, houve queda de 15% nas vendas). Mais uma vez, o resultado foi influenciado pela divisão de redes (-11%), que somou 37,7 bilhões de coroas suecas (US$ 3,5 bilhões). 

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Por outro lado, a área de serviços e software em nuvem ficou estável, com 15,2 bilhões de coroas suecas (US$ 1,4 bi), enquanto a frente de enterprise apurou ligeiro avanço (+2%), somando 6,5 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 600 milhões).

Regiões

Na divisão geográfica, houve queda de 2% nas vendas reportadas pela Ericsson na regional que consolida América Latina e Europa. A fornecedora não detalha números para cada um dos continentes, mas apontou menores investimentos de rede por operadoras latino-americanas. 

Por outro lado, a América do Norte foi o destaque positivo no período (+15%), com aumento na demanda de investimentos por grandes consumidores. "As vendas se beneficiaram de contratos recentemente conquistados. A expectativa é ter suporte adicional no segundo semestre de 2024", diz a Ericsson.

Entre as demais localidades, chamou a atenção a queda expressiva (-44%) no sul da Ásia Oriental, Oceania e Índia, com os níveis de investimento voltando a patamares normais após um ano recorde em 2023, sobretudo na Índia.

"Esperamos que as condições de mercado permaneçam desafiadoras este ano, à medida que o ritmo dos investimentos na Índia diminui. No entanto, as nossas vendas se beneficiarão durante o segundo semestre com entregas de contratos na América do Norte", afirmou o CEO Börje Ekholm, em comunicado ao mercado.

Prejuízo

Na janela entre abril e junho deste ano, o prejuízo líquido da Ericsson foi de 11 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 1 bilhão).

Houve impacto direto das perdas contábeis relacionadas à compra da Vonage, sua subsidiária de comunicações em nuvem. No segundo trimestre, foram baixados em balanço 11,4 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,1 bi), nove meses depois de perdas contábeis não monetárias de 32 bilhões de coroas suecas (US$ 2,9 bilhões) por conta da operação. 

Sobre isso, o CEO afirma que "a Vonage permanece fundamental para construir uma plataforma global para APIs de rede". 

"Isso é crucial para a digitalização de empresas e da sociedade, e impulsionará o crescimento futuro na indústria de telecomunicações. Registramos uma despesa de imparidade no segundo trimestre, à medida que o crescimento do mercado no negócio atual desacelerou. Agora, devemos nos concentrar em melhorar o desempenho", declarou Ekholm. A Vonage foi adquirida pela Ericsson, em novembro de 2021, por US$ 6,2 bilhões.

Ainda que o panorama de mercado adverso permaneça, Ekholm lembrou do crescimento ajustado da margem bruta, de 38,3% para 43,9%, com a evolução do indicador na divisão de redes. O resultado foi puxado pela expansão das receitas com propriedade intelectual e ações de redução de custos. Neste sentido, o número de colaboradores saiu de 99.140, em março, para 97.985 em junho.

Além disso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) saiu de 500 milhões para 2,4 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 230 milhões). A margem Ebitda foi de 0,8% para 4,1% na comparação ano a ano.

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