Hélio Costa esclarece dúvidas sobre irregularidades nos telecentros

O ministro Hélio Costa, negou nesta quarta-feira, 12, qualquer irregularidade em relação à instalação de telecentros, conforme informações divulgadas pela CPI dos sanguessugas. ?O Ministério das Comunicações firma convênios com prefeituras e entidades não governamentais para a sua instalação de acordo com projeto apresentado, e não compra nenhum tipo de equipamento ou veículo?, afirmou. O esclarecimento foi feito a propósito das informações de que, além do superfaturamento de ambulâncias compradas com recursos do Ministério da Saúde, haveria também superfaturamento na compra de pelo menos um ônibus para a instalação de um telecentro móvel. O ministro esclareceu que desde que chegou ao Ministério há um ano, autorizou a instalação de um único telecentro móvel, para a Universidade Federal de Minas Gerais, sendo que inclusive neste caso, o ônibus onde foi instalado o telecentro já fazia parte do patrimônio daquela universidade.
O ministro disse ainda que não autorizou os telecentros móveis por serem quatro vezes mais caros que os fixos. Além disso, em sua gestão, Hélio Costa disse que padronizou o conceito de telecentro para atender cidades com até 30 mil habitantes. ?Eles deveriam ter 10 computadores, um servidor, um sistema multimídia com gravador de vídeo, monitor de 29 polegadas, impressora, duas mesas e dez cadeiras, além do pagamento por seis meses de dois funcionários com salários de R$ 400, e de um supervisor com salário de R$ 600, além da conta do acesso à internet?, explica.
O telecentro padrão custa cerca de R$ 57 mil. Esta padronização foi necessária para que o Ministério pudesse acompanhar e controlar sua instalação. Para tal missão foi designado especificamente o servidor requisitado da Controladoria Geral da União ? CGU, Eudes Teixeira, que até o momento não encontrou nenhuma irregularidade digna de registro nos mais de 250 telecentros instalados ou em instalação na gestão Hélio Costa. Deste total, apenas 18 foram contratados com entidades não governamentais, especialmente entidades que atendem portadores de deficiência.

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Antecessores

O ministro não quis se pronunciar sobre os métodos de gestão de seus antecessores tanto no governo Lula quanto no governo FHC, apenas afirmando que encontrou uma situação difícil de ser controlada porque a verba era liberada para as prefeituras ou para as entidades não governamentais na rubrica ?inclusão digital? sem nenhuma especificação relativa ao projeto a ser implementado. ?Quando assumi, encontrei aqui no Ministério cerca de R$ 12 milhões empenhados na gestão anterior para inclusão digital e tive que suspender todos as propostas porque faltavam documentos especialmente das prefeituras?, disse Costa. ?Esta atitude me custou algumas incompreensões de colegas parlamentares?, completou. O ministro ficou de fornecer aos jornalistas a lista dos telecentros móveis financiados pelo Ministério das Comunicações até o momento.

Licença

O ministro anunciou que vai tirar 15 dias de licença para tratar de interesses particulares, incluindo uma viagem aos Estados Unidos.

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