Oi tem queda nas receitas e desaceleração na perda de base no segundo trimestre

A Oi anunciou nesta quinta, dia 11, seus resultados financeiros e operacionais referentes ao segundo trimestre do ano. No período, a receita líquida da empresa foi de R$ 6,524 bilhões, uma queda de 3,8% em relação ao mesmo período de 2015. O EBITDA foi de R$ 1,435 bilhão, com queda de 24,4% ao ano, e o prejuízo no trimestre foi de R$ 656 milhões, um aumento de 48,3% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, mas uma melhora em relação aos R$ 1,6 bilhão do primeiro trimestre. Em termos de investimentos, a Oi apresentou um Capex de R$ 1,25 bilhão no segundo trimestre, o que é 17,3% a mais do que no segundo trimestre de 2015. A dívida líquida da operadora está em R$ 41 bilhões, 19,5% acima do que estava no mesmo período de 2015, e em caixa a operadora tem R$ 5 bilhões, 40,1% a menos do que tinha no segundo trimestre do ano anterior.

Olhando os diferentes segmentos em que a Oi atua, o setor com a maior queda percentual de receita foi o de B2B, onde a variação anual foi negativa em 4,6% nas receitas, para R$ 1,9 bilhão no segundo trimestre. O segmento de mobilidade teve queda de 3,7% nas receitas no comparativo com o mesmo período do ano passado, fechando o segundo trimestre deste ano em R$ 1,88 bilhão. A queda de receitas no segmento residencial foi de 2%, para R$ 2,4 bilhões. Boa parte desta variação se deve à situação econômica mas também à perda de base nas unidades geradoras de receitas (UGR, que equivale aos serviços contratados pelos clientes). No segmento residencial as UGRs caíram 3,8% no ano, para 16,1 milhões de unidades. Em mobilidade, a queda foi de 5,1%, para 45,3 milhões de UGRs, e em B2B a queda foi de 9%, para 7 milhões de UGRs. Ao todo, a queda de UGRs da Oi no comparativo anual foi de 5,2%. A Oi vê, contudo, uma tendência de melhoria nesses indicadores na comparação com o primeiro trimestre, quando as UGRs praticamente ficaram estáveis, com variação negativa de 0,4%.

Apesar da queda de receitas, alguns segmentos mostraram destaque. Na banda larga a receita aumentou 21,3% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. A banda larga fixa também viu um aumento de receita de 5,4% no trimestre em relação ao mesmo período de 2015. Na comparação anual, o único segmento em que a Oi cresceu em base foi TV paga (2,1%, para 1,2 milhão de clientes). A base de banda larga fixa está em 5,15 milhão de clientes (queda anual de 0,3%) e a base de linhas fixas de voz está em 9,8 milhões, uma queda no comparativo anual de 6,2%. Na comparação com o primeiro trimestre, o segmento de TV e banda larga fixa tiveram leve crescimento (2,4% e 0,7% respectivamente).

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Houve, contudo, um crescimento nas receitas médias por usuário (ARPU) no segmento residencial, para R$ 82,1, um aumento anual de 4,5%, o que se deve sobretudo à estratégia de venda de pacotes combinados. Hoje, 64% da base residencial da Oi tem mais de um produto. Hoje, 52,6% dos clientes de voz da Oi têm banda larga e 12,3% têm TV por assinatura da operadora.

Mobilidade

No segmento móvel a maior perda de base foi no segmento pré-pago, onde a operadora perdeu 5,9% dos clientes e fechou o segundo trimestre do ano com 38,2 milhões de UGRs. No pós-pago a queda foi menor, de 0,2%, para uma base de 7 milhões de clientes. Houve, contudo, um forte crescimento do pré-pago no segundo trimestre em comparação com o primeiro trimestre do ano (1,9%).

As receitas móveis caíra, 3,8% no ano por conta da queda nas receitas de interconexão e na base de clientes, mas o segmento de pós-pago e controle teve um aumento de 17,1% nas receitas, impulsionados pelo reajuste anual e pelo uso de dados. Hoje, 63% da base de clientes da Oi é de telefones 3G/4G (52% 3G e 11% 4G) e as receitas de dados representam 49,1%. A rede 4G da Oi está em 1433 municípios e a rede 3G está em 1,46 mil municípios.

Dívida

Da dívida líquida de R$ 41,4 bilhões da operadora, 73,1% estão em moeda estrangeira. Do montante total devido, R$ 30.3 bilhões estão no mercado de capitais internacional, R$ 4,1 bilhões no mercado brasileiro, R$ 8,77 bilhões estão com bancos de desenvolvimento e R$ 3,8 bilhões estão com bancos comerciais.

Além da dívida financeira, a operadora tem ainda R$ 5,11 bilhões de passivo com fornecedores e R$ 1,58 bilhão em tributos a pagar.

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