A unidade brasileira da BenQ está sendo adquirida pelos investidores Enzo Monzani e Conrado Will, que compraram a Zoomp no ano passado. Após uma due diligence, que é a investigação dos negócios e operações, foi firmado um termo de intenção de compra com a BenQ Mobile BV, da Holanda, que inclui o direito de uso da marca e contrato de transferência das ações da BenQ Mobile no Brasil. Entram na negociação, cujo valor não foi revelado, um centro de pesquisa e desenvolvimento e uma fábrica em Manaus. Segundo informa a empresa, a operação será mantida, bem como a atual presidente, Denise Santos, e os cerca de 400 funcionários.
A expectativa da atual administração da empresa é que a nova estrutura promova uma revisão da área financeira da empresa no Brasil, para que retome o crescimento. Esta unidade teria apresentado bons resultados em vendas, principalmente no varejo, mas teria sofrido o impacto da situação mundial da empresa. A unidade alemã foi fechada no ano passado, devido a uma concordada, executivos da BenQ, de Taiwan, estão sendo investigados pela Comissão de Supervisão Financeira (FSC) daquele país sobre operações com informações privilegiadas antes de a companhia ter declarado falência da unidade alemã. A suspeita da FSC é de que a companhia pode ter vendido ações antes de anunciar prejuízos após o fracasso na recuperação da unidade deficitária comprada da Siemens em 2005.
Desde a falência da unidade alemã, a operação brasileira passou a reportar-se à Taipei, mas manteve a estratégia de negócios já adotada com foco na produção de aparelhos high-end com maior valor agregado. Ou seja, menor produção e aumento em rentabilidade.
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