Oi registra outro trimestre com queda em receitas

A Oi voltou a enfrentar queda de receitas no começo de 2017, segundo balanço financeiro da companhia referente ao primeiro trimestre e divulgado nesta quarta, 10.  No Grupo Oi, que engloba também as subsidiárias internacionais, a receita líquida caiu 8,8%, totalizando R$ 6,160 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) recuou 2,4%, totalizando R$ 1,723 bilhão. A margem EBTIDA, por outro lado, subiu 1,8 ponto percentual e ficou em 28%.

A companhia reduziu o prejuízo líquido de operações continuadas em 89%, registrando R$ 200 milhões no trimestre. A dívida líquida caiu 0,6% e fechou março em R$ 4,608 bilhões. Já o Capex aumentou 1,1%, total de R$ 1,267 bilhão.

Considerando somente as operações no Brasil, a Oi fechou os primeiros três meses do ano com queda de 7,2% na receita líquida, totalizando R$ 6,066 bilhões. A companhia justifica o desempenho por conta do corte das tarifas de interconexão (VU-M no móvel, TU-RL e TU-RIU no fixo) e de ligações fixo-móvel (VC). Alega ainda que o cenário macroeconômico impactou na queda de recargas do pré-pago e na redução das receitas do B2B.

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A receita de serviços foi de R$ 6,009 bilhões, recuo de 7,3%. Excluindo receita de aparelhos e uso de rede, a receita líquida de clientes foi de R$ 5,794 bilhões, redução de 5,9%. O segmento residencial subiu 0,2% (total de R$ 2,354 bilhões), enquanto o de mobilidade pessoal caiu 4% (total de R$ 1,890 bilhão). Excluindo apenas a receita de aparelhos, a mobilidade para clientes foi de R$ 1,748 bilhão, queda de 1,7%. E a receita de negócios B2B sofreu o maior impacto negativo: 17,7%, total de R$ 1,703 bilhão.

O EBITDA de rotina avançou 0,4% e ficou em R$ 1,692 bilhão. A margem EBTIDA de rotina foi 2,1 p.p. acima do primeiro trimestre de 2016, totalizando 27,9%. A Oi destinou R$ 1,227 bilhão em Capex no Brasil, um aumento de 1,9%.

Operacional

A base de Unidades Geradoras de Receita (UGRs) da companhia caiu 8,8% no trimestre. O maior impacto foi no segmento de mobilidade pessoal, com redução de 12,6%, total de 39,837 milhões de UGRs. Desses, 32,957 milhões são de pré-pago (queda de 14,8%), e 6,880 milhões de pós-pago (estagnação, com variação de 0,2%). A Oi afirma que os desligamentos refletem o movimentação de fim do efeito comunidade, da contração do mercado pré-pago e do cenário macroeconômico. Alega ainda influência da queda da VU-M e o crescimento de uso de aplicativos de mensagem.

A companhia destaca a cobertura 3G em 1.488 municípios, aumento de 12,9% e atingindo 80% da população urbana brasileira. Já o LTE da operadora estava em 284 municípios, ou 62,5% da população – exatamente a mesma quantidade apresentada ao final de 2016. O ARPU móvel foi de R$ 16,2, avanço de 8%. Excluindo receita de interconexão, a receita média tem crescimento de 10,5%.

A segunda maior base, a residencial, caiu 1,7% e ficou em 16,343 milhões. As unidades em B2B totalizaram 6,550 milhões, queda de 1,8%. E a de telefones públicos caiu 1,6%, total de 641 mil.

A companhia contava com 9,802 milhões de linhas fixas de telefonia em serviço, uma queda de 5,2%. A banda larga fixa avançou 1,7%, total de 5,204 milhões de UGRs. E a TV paga cresceu 14,4%, somando 1,336 milhão de UGRs em março – a companhia destaca o aumento de 13,6% na penetração do serviço em residências sem telefonia fixa.

A receita média por usuário cresceu 5,8%, ficando em R$ 79,6. A operadora afirma que a estratégia de concentração nas vendas de mais alto valor proporcionou redução da participação das ofertas mais básicas nas adições brutas. E, com o VDSL possibilitando velocidades de até 35 Mbps, impulsionou esse tipo de ofertas high-end na base de banda larga, aumentando o ARPU em 4,8%. A velocidade média dos clientes da Oi avançou 24,4%, e agora é de 7,2 Mbps.

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