Mercadante promete incentivos à indústria de aparelhos celulares

O Brasil espera pôr em prática um projeto de nacionalização dos insumos de tecnologia e telecomunicações a serem usados na Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas em 2016. Trata-se de elevar a cota obrigatória de componentes fabricados no Brasil, que são usados em produtos finais da indústria de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs). “Queremos aprofundar as cobranças de nacionalização dos equipamentos”, afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloísio Mercadante, durante almoço da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

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Uma das estratégias do governo, segundo Mercadante, é incentivar a indústria nacional de aparelhos celulares, que vem sofrendo com a perda de competitividade para produtos chineses. “Vamos expandir o PPB (Processo Produtivo Básico) para celulares e notebooks; afinal, não podemos continuar importando mercadorias prontas, enquanto temos uma indústria preparada no País”, argumenta o ministro.

De acordo com ele, a crise econômica da União Europeia, somada às dificuldades que ainda se sobrepõe aos Estados Unidos e Japão, efeitos da tempestade na economia mundial em 2008 e dos recentes desastres naturais que acometeram a Ásia, podem se tornar oportunidades para o Brasil, em 2012. “Seremos o alvo dos investimentos, pois, atualmente, poucos países podem manter uma economia como a nossa, que terá incrementos no próximo ano, com a chegada do salário mínimo e outros estímulos”.

O ministro garantiu que o Governo brasileiro tem US$ 350 bilhões em reservas para, eventualmente, enfrentar a crise econômica e dar incentivos aos setores estratégicos para o País. “Hoje temos condições de manter políticas de desonerações e incentivos à indústria nacional”.

Revisão

Mercadante também reiterou que o governo estuda uma revisão na portaria 950/2006, que estabelece os requisitos para que um produto seja considerado de tecnologia nacional, dando ao fabricante dele o direito de se beneficiar da Lei de Informática. "Podemos modificá-lo, sim. É algo que está sendo estudado", finaliza.

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