Na TIM, 37% da base de 73,4 milhões de clientes usam dados móveis

A exemplo da Vivo, a TIM forneceu durante a divulgação de resultados financeiros e operacionais do primeiro trimestre de 2014 nesta sexta, 9, dados que refletem a massificação de smartphones e webphones no mercado brasileiro.

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De acordo com o presidente da operadora, Rodrigo Abreu, usuários com smartphones ou webphones já são 58% da base total de 73,4 milhões de usuários, ou 42,86 milhões de assinantes. Já os clientes que efetivamente utilizam serviços de dados móveis da operadora somam 27 milhões, o que representaria mais de 60% de todos os assinantes da TIM que têm um handset capaz de acessar à Internet.

"O número de usuários de dados (móveis) cresceu mais de 20% na comparação ano contra ano (com base em dados do final de março) e já representam 36% da base total", comemora Abreu. Em março de 2013, eram 22 milhões de usuários ativos de planos de dados, equivalentes a 31% da base de 71,2 milhões de clientes somados naquele mês.

Esse aumento da penetração, obviamente, além de se refletir no aumento do uso de dados, também tem feito a receita de serviços de valor adicionado crescer. A receita bruta de serviços de valor agregado totalizaram R$ 1,5 bilhão entre janeiro e março, 20,4% a mais que em igual período de 2014 e chegou a 25,2% da receita bruta de serviços móveis graças ao que a companhia chamou de "forte e contínua adesão aos planos de dados Infinity e Liberty".

E nessa conta de VAS, o acesso à Internet têm peso cada vez maior. "Não abrimos a quebra entre SMS e demais serviços de dados na composição, mas podemos dizer que mesmo com a receita de SMS declinando de maneira significativa, como tem acontecido em todo o mercado, a receita total de dados continua com crescimento de 20% a 30%, graças tanto a receitas de conectividade com navegação em microbrowser quanto às associadas a conteúdo, como de educação e música, e ainda a serviços de segurança de dados, backup e rastreamento de smartphones", detalha o executivo. Ele garante, entretanto, que mesmo com a menor utilização de SMS por conta da substituição por aplicativos de mensagens, como Whatsapp, o uso do SMS continua a crescer, mesmo já não representando há algum tempo mais de 50% das receitas de VAS.

Investimentos

Para suportar demanda por dados e melhorar experiência dos clientes, cerca de 87,5% dos R$ 613 milhões investidos em rede pela TIM entre janeiro e março foram destinados às redes de dados 3G e 4G – cerca de 25% para o 4G e 62,5% para o 3G. Segundo Abreu, foram 111 novos sites de 3G implantados no trimestre, totalizando 9,185 mil estações radiobase (ERBs) e outros 208 de 4G, somando um total de 2,133 mil ERBs; além de 104 novos hotspots Wi-Fi integrados na rede móvel para offload de tráfego (total de 904). "Nossa expectativa é chegar até o final do ano com 14 mil ERBs 3G e 4G e 2 mil hotsposts Wi-Fi integrados à nossa rede móvel", conta Abreu.

Vale lembrar que as implantações de 4G da TIM estão sendo compartilhadas com a Oi e Abreu vê como positiva a discussão que se iniciou na Anatel para permitir o RAN sharing com compartilhamento de redes e espectro utilizando frequências mais baixas, além dos 2,5 GHz, para cumprimento de metas de cobertura das áreas ruais. "Acreditamos que qualquer possibilidade de sharing é positivo
para cumprimento das metas ruais e, quando se tem possibilidade de fazer isso com frequências mais baixas, é mais eficiente. Ainda mais porque é uma obrigação regulatória, sem grande interesse comercial", pontua. O executivo diz que a TIM também está fazendo parte das discussões na Anatel e acredita que, futuramente, o ran sharing também pode ser estendido para outros serviços, como 2G e 3G.

Outro movimento da operadora é conectar suas ERBs com backhaul de fibra para aumentar a capacidade de escoamento do tráfego de dados da interface aérea para o backbone da operadora. Ao final de 2013, 39 cidades tinham suas ERBs com fiber-to-the-site (FTTS) e o objetivo é fechar 2014 com um total de cem cidades. "Um dos efeitos do projeto de mobile broadband (de FTTS) é o aumento do tráfego e do uso dos serviços de dados. Havia, em algumas situações, um uso represado de dados e em algumas cidades houve aumento de mais de 40% no tráfego despois de ativarmos o projeto", revela o presidente da TIM.

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