O Brasil é a menina dos olhos da DirecTV na América Latina. Segundo Bruce Churchill, presidente da DirecTV Latin America, a expectativa é que até o final de 2014, a base total de assinantes da região dobre em relação aos números de 2009. Ou seja, a operadora espera que o mercado de TV por assinatura na América Latina em 2014 seja de 60 milhões de clientes. Pelo menos metade da base deve estar no Brasil, disse o executivo em evento promovido pelo Credit Suisse e transmitido online nesta quarta, dia 9. Segundo Churchill, além do acelerado crescimento econômico no Brasil, o que fará do país o motor do crescimento da TV por assinatura na América Latina é a baixa penetração do serviço no país, o que dá maior margem de crescimento. Na região, a TV paga atinge 25% da população, enquanto no Brasil apenas 17% dos lares conta com o serviço.
Formatação de pacotes
Segundo o principal executivo da DirecTV para a América Latina, a maior demanda pelo serviço está na classe média, que é crescente em todo o bloco. A operadora vem desenvolvendo produtos específicos para atender o mercado, com destaque para o modelo pré-pago. Para isso, diz, há um esforço para repensar todo o modelo econômico do serviço, remodelando os pacotes e limitando o número de caixas que cada assinante pode ter. Para Churchill, o modelo foi exitoso em alguns países, com destaque para a Venezuela, mas admite que não funcionou no Brasil, onde a operadora (Sky) testa outros tipos de pacotes populares.
Churchill falou ainda sobre a importância da banda larga para ampliar o serviço de TV paga na região. Segundo ele, Telmex e Telefônica são bem agressivas na oferta de pacotes de serviços convergentes. Mesmo assim, diz, a DirecTV vem tendo sucesso na competição ao oferecer produtos diferenciados em televisão. Além disso, não descarta as parcerias com algumas operadoras para oferecer o bundle de serviços, como já é feito na Argentina, onde a DirecTV tem parceria com duas operadoras locais. Segundo o executivo, a tendência é que o serviço de banda larga móvel tenha mais sucesso na América Latina, em comparação com economias mais desenvolvidas. A tendência, explica, é buscar parcerias com operadoras do serviço móvel na região.