Furukawa anuncia estratégia de expansão para América Latina

A Furukawa pretende expandir suas operações na América Latina, espelhando o desempenho que conseguiu no mercado brasileiro, onde conta com market share de mais de 50%. A companhia anunciou neta quinta, 8,  durante abertura do Furukawa Conference 2014 Trade Show, na Praia do Forte, na Bahia, que irá inaugurar uma planta na Colômbia no dia 5 de agosto (embora ela já esteja em atividade), com uma unidade comercial em Bogotá e uma linha de manufatura em Cali para a produção de fibras para redes externas, subterrâneas e aéreas. A ideia é abastecer a região andina.

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A Furukawa também divulgou que irá colocar uma operação comercial no México, atuando assim nos quatro principais mercados da região. A escolha do país, onde possui 4% de participação, é justamente para reverter esse quadro. "É muito baixo, mas pense que há seis anos na Argentina era de 4% e agora é de 23%", compara o presidente para o Brasil e vice-presidente global de telecom da companhia, Foad Shaikhzadeh. A meta no mercado argentino, por sinal, é de se tornar líder ao chegar a 28% nos próximos dois anos. No mesmo período, a companhia quer se tornar líder no Cone Sul.

A fornecedora pretende crescer 17% na América Latina no ano fiscal de abril a março. No período de janeiro a dezembro do ano passado, a companhia conseguiu aumentar 22% em vendas líquidas. "Nosso balanço de abril a março, nossas vendas líquidas foram na casa de R$ 600 milhões nas operações da região, dos quais  o Brasil representa 81% exatamente", disse.

Brasil

A Furukawa afirma deter 80% do mercado nacionalde FTTx, mas isso porque é um setor novo. "Talvez vá cair, porque outros competidores irão vir", diz Foad Shaikzadeh. "FTTH é uma tecnologia nova, tivemos pioneirismo e capacidade, com soluções específicas para cada país e operadora." Por outro lado, ele diz que houve dificuldade no mercado brasileiro de OPGW. "Porque depende das companhias de eletricidade, e com todas as dificuldades que elas estão tendo com caixa, estão postergando projetos (de instalação de cabos para-raios), apesar de serem mandatórios", declara. O volume de instalação de cabos OPGW "tem diminuído", mas há a expectativa de que volte a crescer no ano que vem.

Para Shaikzadeh, essa flutuação do mercado é natural, e a Furukawa acredita estar preparada para isso. "O que é bonito é que o número de clientes está muito pulverizado: os dez maiores representam apenas 40% das vendas, quando há 15 anos, eram mais de 90%. Aí quando teve a crise (da bolha de Internet), nós praticamente ficamos paralisados", detalha. "Nesse momento, a diversificação na América Latina é essencial. Por isso política de exportação é importante", finaliza.

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