Universalização começará nos prédios públicos

O governo pretende, a partir do ano que vem, começar a implantar um plano nacional de banda larga que vai interligar todos os prédios públicos do País. A afirmação é de Rodrigo Assumpção, subsecretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento. Segundo ele, esse assunto será prioridade em um eventual segundo mandato do presidente Lula e deverá ser também no governo ?do outro candidato?. ?Hoje não faz mais sentido falar em levar banda larga apenas para escolas, porque o custo incremental para conectar a prefeitura, a delegacia e demais prédios públicos é muito baixo?, disse ele, nesta quarta-feira, 4, durante a Futurecom em Florianópolis.
?A universalização da banda larga é de extrema importância. Em uma pesquisa da Cisco, se a penetração da banda larga continuar avançando a taxas registradas hoje, a universalização será por volta do ano de 2040. Se isso acontecer, alguém tem alguma dúvida de que fracassamos??, pergunta ele. Assumpção defende que o Estado utilize seu poder de grande comprador para forçar as empresas a levarem não apenas voz, mas dados também nos locais onde não haveria retorno econômico.
Na opinião do conselheiro da Anatel, Pedro Jaime Ziller, o grande entrave para a universalização é o que ele chama de "última légua". Ou seja, é fazer chegar o link de conexão até as cidades mais remotas. A última milha, na visão de Ziller, seria fornecida por empresas locais ou pela organização da própria comunidade, como a associação comercial, por exemplo. Ziller aproveitou a oportunidade para voltar a defender a chamada separação estrutural, a partir da qual cada empresa seria dividida em duas, uma de rede e outra de serviços. Ziller disse que está estudando o caso da Britsh Telecom, que fez isso na Inglaterra. ?Antes de começar a falar de inclusão digital ou universalização, temos que começar a falar da separação estrutural?.

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