PT quer incluir Daniel Dantas no relatório da CPMI

Em nota divulgada na noite de sexta, 31 de março, a bancada do Partido dos Trabalhadores na CPMI dos Correios apresenta suas críticas ao relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB/PR) listando os pontos que gostaria de modificar. Entre eles, a falta de referência a Daniel Dantas, principal homem do grupo Opportunity, que não teve seu pedido de indiciamento feito pelos relatores da CPMI. Segundo a bancada petista, ?a partir da transferência de sigilo de Marcos Valério de Souza e de suas empresas, foram constatados depósitos efetuados pela Brasil Telecom à empresa SMP&B Comunicação no valor de R$ 3,93 milhões e à DNA Propaganda no valor de R$ 823 mil. Descobriu-se também a existência de dois contratos de publicidade da Brasil Telecom com as empresas DNA Propaganda e SMP&B no valor de R$ 25 milhões cada, assinados em maio de 2005. A assinatura de tais contratos, entretanto, ocorreu em data posterior à movimentação financeira antes referida, gerando ainda mais suspeitas em relação à participação das empresas de Daniel Dantas no ?esquema? de Marcos Valério de Souza, pois a assinatura de tais contratos coincide com o período de afloramento do escândalo ora sob análise. Foi trazido a público que a Brasil Telecom e a SMP&B ajustaram a prestação de serviços de publicidade da ordem de R$ 55 milhões?. Para a bancada do PT na CPMI dos Correitos, o problema é que não há referências às outras empresas administradas pelo grupo Opportunity, de Daniel Dantas (entre elas Telemig Celular e a Amazônia Celular), e ?há fartas evidências do envolvimento das empresas controladas pelo grupo Opportunity com o chamado 'esquema' de Marcos Valério de Souza, fato que por si só justifica a necessidade de análise criteriosa e sigilosa de sua movimentação financeira, o que não foi feito no relatório final?.

Emendas ao relatório e voto substitutivo

Apesar do entendimento em contrário do presidente da CPMI, a assessoria parlamentar do PT considera que é possível apresentar emendas ao relatório. A posição é aceitável tanto que a secretaria da Comissão vem recebendo emendas desde a leitura do relatório na semana passada. As emendas podem ser de dois tipos: aditivas e supressivas. O que não se pode emendar é o voto do relator. Se algum parlamentar ou bancada o considerar inadequado deverá apresentar um voto em separado para que seja apreciado pela comissão no caso de rejeição global do voto apresentado pelo relator. O prazo para que o voto em separado seja apresentado à comissão vai até a próxima terça, 10, às 10 horas. A bancada do PT promete que ele será apresentado a tempo.

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