NeoTV realiza pesquisa sobre classe C

A NeoTV realizou nesta terça, dia 2, seu encontro anual com operadores associados e programadores. A grande novidade do encontro foi a apresentação de uma pesquisa contratada pela associação junto à pesquisadora Clarice Herzog junto ao público classe C, incluindo ex-assinantes e não assinantes do serviço de TV paga. de O objetivo da pesquisa, que envolveu análise qualitativa em grupos selecionados em São Paulo e Campinas, era constatar quais eram os desejos destes consumidores com relação ao produto TV paga. A pesquisa constatou que este consumidor tem acesso a computadores e Internet ou tem o computador como um grande objeto de desejo. Também constatou que este consumidor tem acesso a conteúdos pirata, como DVDs, e muitas vezes em grande quantidade. Também mostrou que videogame é uma opção concreta de lazer. Mas, sobretudo, mostrou que a TV ainda é a mais relevante forma de informação e entretenimento.
Problemas
Por outro lado, a pesquisa constatou que mesmo nas classes menos abastadas, a TV está se segmentando, uma vez que muitas vezes existe mais de um televisor na casa, o que gera demanda por diferentes tipos de programação. A TV, segundo a pesquisa, deixou de ser necessariamente um elemento aglutinador. A programação da TV aberta ainda é referência, mas existe a percepção de que essa programação nem sempre tem qualidade, sobretudo nos finais de semana.

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Segundo a pesquisa, a TV fechada poderia suprir todas estas "faltas" da TV aberta, sobretudo no quesito diversidade, mas há alguns senões: preço elevado, pacotes que têm apenas canais abertos, falta de dublagem na programação, repetição excessiva de filmes, pouca percepção de valor, produto elitista e, sobretudo, pouca prioridade dentro do orçamento doméstico. Outro fator que, segundo a pesquisa, limita o consumo de TV por assinatura pelo usuário de classe C é o fato de que muita gente tem o serviço "de graça", por meio de pirataria, além do medo de se comprometer por um serviço que não conhecem e cujo pagamento, ao contrário de uma mensalidade de crediário, não tem fim e não reverte em um bem palpável.
Diante destes fatores, a pesquisa pediu aos usuários que dissessem como poderia ser um produto de TV paga que lhes interessasse. Segundo os dados coletados, a TV por assinatura deveria:

* Oferecer customização de pacotes, "como se fosse Internet", disse um dos entrevistados, em que cada um escolhe de uma lista o que quer assinar.
* O produto poderia ser cobrado por tempo de uso, "como se ligasse um taxímetro na TV", foi outra idéia.
* As operadoras deveriam oferecer pacotes de final de semana.
* As operadoras deveriam oferecer degustações gratuitas.
* Deveriam oferecer planos compartilhados para vários usuários.
* Deveriam dar ponto extra para todos os televisores da casa.
* Deveriam dar brindes e recompensas para o assinante.
* Ter preços fixos, sem mudanças depois de alguns meses de adesão, e contratos claros.
* Melhorar o atendimento.
* Divulgar mais o conteúdo oferecido antes da venda.
* Dar o serviço para o cliente para sempre depois do pagamento

Naturalmente, as idéias dos pesquisados foram colocadas sem filtro, como uma forma de mostrar os anseios e dúvidas dos próprios usuários. Mas as provocações serviram para ilustrar como é complexo o avanço sobre o consumidor de baixa renda.

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