A Telemar obteve um lucro líquido de R$ 193 milhões no primeiro trimestre deste ano, resultado 12,4% menor que aquele no mesmo período do ano passado. A redução, segundo a companhia, se deve à não declaração de juros sobre capital próprio nesse novo balanço.
A receita bruta da Telemar foi de R$ 5,6 bilhões entre janeiro e março deste ano, montante 9,6% acima daquele registrado um ano antes. A receita líquida cresceu 8,5% em 12 meses, atingindo R$ 4 bilhões.
Segundo o balanço, o faturamento deixou de ter, no trimestre, o impacto do reajuste da VC-1 (tarifa de público), já definido em 7,99%, mas que ainda não foi homologado, cujo impacto mensal foi calculado em R$ 16 milhões.
A receita com dados foi a que mais cresceu, registrando R$ 452,8 milhões, valor 24,3% maior que no primeiro trimestre do ano passado. A empresa aponta o aumento na base de assinantes de seu serviço de acesso ADSL à internet, Velox, como a razão para esse crescimento. Entre março de 2004 e março deste ano, essa base quase dobrou, saltando de 284 mil para 554 mil clientes. A receita do Velox no trimestre foi de R$ 138 milhões, o que representa um crescimento de 99,4% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Em longa distância, a Telemar obteve uma receita de R$ 960,4 milhões no trimestre, resultado 8,6% maior que aquele entre janeiro e março de 2004. Os chamados serviços de voz avançada, classificação na qual se incluem alguns serviços do programa ?Big Brother?, obteve receita de R$ 68,1 milhões, tendo crescido 16,4% na comparação com o mesmo período de 2004.
A dívida bruta da Telemar era de R$ 11,2 bilhões no fim de março, dos quais 68% estavam em moeda estrangeira. Como havia cerca de R$ 4 bilhões em caixa ao fim do trimestre, a dívida líquida da companhia era de R$ 6,38 bilhões, valor 2,5% menor que o apresentado em dezembro de 2004. Em 12 meses houve uma redução de R$ 2 bilhões na dívida líquida.
Este foi o primeiro balanço da Telemar que não incluiu a Contax, sua empresa de contact center. A subsidiária foi separada do grupo no fim do ano passado e está em processo de registro na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e na SEC (equivalente à CVM nos EUA).
Oi
A Oi encerrou o trimestre com 7,25 milhões de clientes, tendo obtido um crescimento líquido de 387 mil assinantes entre dezembro e março. Segundo a companhia, o aumento da base da Oi foi de 5,6% nesse período, tendo ficado acima da média do mercado, que foi de 4,6%. ?A Oi foi responsável por 30,2% das adições líquidas do mercado celular na região I nesse primeiro trimestre?, afirmou Grodetzky. De acordo com o executivo, a operadora detém agora 23,8% do market share em sua área de atuação. A proporção entre clientes com planos pós e pré-pagos é de 14,1% e 85,9%, respectivamente.
A operadora móvel teve uma receita bruta de R$ 738 milhões, 30,8% a mais que no primeiro trimestre de 2004. Sua receita líquida aumentou 29,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo R$ 566,5 milhões. Merece destaque o crescimento anual de 178% no Ebitda da companhia, que registrou R$ 118 milhões entre janeiro e março deste ano. Assim, a margem Ebitda, que fora de 9,7% no primeiro trimestre de 2004, subiu para 20,8%.
O operadora celular, contudo, continua no vermelho. A Oi teve prejuízo líquido de R$ 11,8 milhões no primeiro trimestre. Vale destacar que esse resultado já foi bem melhor que os prejuízos de R$ 95,8 milhões e R$ 103 milhões registrados no primeiro e no quarto trimestres de 2004, respectivamente.
