O uso de celular para recargas do Bilhete Único, cartão de pagamento das passagens nos ônibus da capital paulistana, esbarra na margem pequena que a São Paulo Transportes (SPTrans) pode dispor para remunerar os desenvolvedores do sistema. A empresa que administra o transporte público coletivo na cidade tem condições de remunerar as empresas de pagamento eletrônico e cartão de crédito com, no máximo, 2% do valor da recarga processada.
Conforme Guilherme Messiano, gerente de novos negócios da Freedom, é improvável que, em um primeiro momento, gigantes do setor como Visa e Mastercad queiram entrar no negócio com uma taxa de retorno tão baixa. Entretanto, ele acredita que grupos médios podem se interessar por este nicho, que oferece ganhos em escala e sem a competição pelas transações, como ocorre nas grandes redes de varejo. “O volume de transações é muito grande e isso garante a rentabilidade do negócio”.
Edital
O projeto de integração do Bilhete Único pelo celular é parte da reformulação que a SPTrans promove neste ano em seu sistema. Até o final deste semestre a empresa deve lançar edital para contratação de provedores de tecnologia e infraestrutura para o serviço.