Prefeitura de São Paulo anuncia projeto para enterrar cabos; investimento das teles ainda não foi calculado

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta terça-feira, 29, projeto de enterramento de fios em bairros selecionados. Realizado em parceria com a AES Eletropaulo, operadoras de telecomunicações e com a Associação Brasileira de Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp), o programa "Cidade Linda-Redes Aéreas" deverá ser executado em três fases, abrangendo a região central, o bairro da Vila Olímpia e a região do Mercado Municipal. Até o momento, apenas o investimento da distribuidora de energia foi aberto: R$ 56,9 milhões. Para as teles, o valor sequer foi calculado.

Segundo a administração do prefeito João Doria, a ideia é que o trabalho seja todo executado pela iniciativa privada e sem custos para a Prefeitura. Diz ainda que o objetivo "não é apenas estético", mas para manter a continuidade dos serviços mesmo após chuvas fortes ou quedas de árvores. Serão no total 66 km de ruas e avenidas, 137 vias atendidas e 3.014 postes que serão retirados.

A primeira e maior fase já foi iniciada na região central paulistana e tem previsão de término para julho de 2018. São 117 vias com 52 km de enterramento de cabos de telecomunicações e a retirada de 2.109 postes. Para tanto, a AES Eletropaulo investe R$ 6 milhões no processo – o investimento das teles para enterrar a rede ainda não foi calculado, de acordo com a administração municipal.

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Na segunda fase, o projeto fica restrito ao bairro da Vila Olímpia, com 13 vias beneficiadas e 4,2 km de fios da rede elétrica enterrados. Prevê a retirada de 321 postes, mas com investimento maior por parte da companhia energética: R$ 21,5 milhões. Mais uma vez, o enterramento dos cabos de telecomunicações também não foi calculado ainda. O início previsto é já em setembro, com término também em julho do próximo ano.

Na região do mercado municipal, prevê-se ainda mais investimento para a AES Eletropaulo, que deverá desembolsar R$ 29,4 milhões – as teles também não têm ainda o montante calculado. Serão sete vias beneficiadas, além do Parque Dom Pedro, com 9 km de fios a serem enterrados e 584 postes retirados. As obras deverão começar em janeiro de 2018.

1 COMENTÁRIO

  1. A continuidade do projeto é o mais importante. Notem que a primeira fase, no entorno da Paulista é uma area que desde do tempo da Light já tinha a rede eletrica subterranea (inicio dos anos 80). Se mantida, ao longo do tempo a Cidade ira ganhar e muito com isto. Outra coisa que deveria ser disciplinado é o padrão de serviço em zonas de redes aereas. É sim possivel, sem o elevado custo da rede subterranea melhorar e muito. Por exemplo, manter apenas o circuito primario e estações transformadoras de até 112,5 kVA em redes aereas e eliminar as abordagens aereas nos edificios. Alias a PMSP poderia no codigo de obra estabelecer esta obrigação. Quanto as redes de telecom, que hoje emporcalham a cidade, a diferença de custo não é tão significativa e o ganho em termos de confiabilidade é enorme. Esta na hora da Eletropaulo, de qualquer forma estabelecer a obrigação de todas as edificações estarem preparadas para a conversão para rede subterranea.

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