Radwin deve produzir rádios para backhaul no Brasil

Em visita ao Brasil, o vice-presidente executivo da Radwin, Roni Weinberg, anunciou nesta quarta-feira, 28, que, em virtude das novas demandas criadas a partir do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), a companhia israelense pode anunciar em breve a produção local de rádios digitais ponto-a-ponto de alta capacidade, a serem utilizados no backhaul das redes de transmissão. Segundo o executivo, o assunto está em fase final de estudo e a decisão deve ser tomada já na próxima semana. "Na semana que vem retorno a Israel e apresento ao boarding o que vi aqui para, enfim, definirmos a estratégia de produção", revela. Weinberg aposta no Brasil não só pelo PNBL, mas por uma série de outros motivos. "A produção local é um processo inevitável. O país está em uma situação econômica muito favorável e vai sediar grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas, que demandarão investimentos em infraestrutura de comunicação", lembra. "Por todos esses motivos, acredito que o Brasil tem tudo para ser o maior mercado do mundo para a Radwin", acrescenta.
Uma vez definida, de acordo com o executivo, a fabricação local dos rádios seria realizada por um parceiro nacional, que se utilizaria do Processo Produtivo Básico (PPB) a fim de obter isenções fiscais, além de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a produção.
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A Radwin está lançando uma nova família de rádios digitais ponto-a-ponto, denominada Radwin 2000C, que trabalha em frequências licenciadas de 4,9 GHz e não-licenciadas de 5,4 GHz e 5,8 GHz. Este é o equipamento que a Radwin deve produzir no Brasil e atinge um throughput de 200 Mbps, com cobertura de 120 quilômetros. "Um cliente, em Belo Horizonte, obteve 40 Mbps de transmissão em uma área de 95 quilômetros, full-duplex", diz Wilson Conti, diretor da Radwin para o Mercosul.
Vanderlei Rigatieri Jr., diretor geral da WDC, um dos três distribuidores da Radwin no Brasil, aposta não só nas grandes teles como também nos mais de 1,6 mil provedores regionais, mais conhecidos como provedores SCM, como clientes desta nova linha de rádios digitais. "Se a Telebras atender as reivindicações das associações de provedores e estabelecer o custo do megabit em R$ 230, elas levarão a Internet a todo o País", diz. "Se esses provedores tiverem acesso ao megabit debaixo dos pontos de presença, conseguirão levar o sinal por meio destes rádios de alta capacidade para suas cidades e aí a inclusão vai, de fato, acontecer no Brasil", prevê.

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