O processo de privatização da Celpe foi acertado com o BNDES, que prometeu liberar recursos de R$ 700 milhões para o governo estadual, para diversos projetos de infra-estrutura para o Estado, incluindo a área de energia, que receberia R$ 100 milhões. O governo afirma que o dinheiro nunca chegou, o que criou um estremecimento com a instituição financeira. As constantes mudanças de comando no BNDES (saída de Luiz Carlos Mendonça de Barros e, recentemente, de André Lara Resende) teriam atropelado as negociações. Como a Celpe obteve lucro líquido de R$ 50 milhões até setembro, pôde utilizar os dividendos para novos investimentos, o que compensou em parte a demora na liberação do financiamento. Há três meses o governador pediu a suspensão do processo de licitação, cujo prazo venceu ontem.