TIM: foco é no market share de receita com pós-pago e 4G

A estratégia da TIM em dados e 4G resultou na melhoria da receita média por usuário (ARPU) no segundo trimestre, especialmente considerando a base pós-paga, que avançou 12,6%, encerrando o primeiro semestre em R$ 19,38. Além disso, o ARPU de SVA atingiu R$ 11,6, um crescimento de 51,5%. O presidente da companhia, Stefano De Angelis, explica que o principal catalisador do mercado na verdade são os planos controle, mas ressalta o pós-pago "puro" continua a ser o foco da empresa, que durante o auge da tecnologia 3G ficou mais conhecida com seus planos pré-pagos. "Definitivamente, estamos de volta ao jogo do pós-pago", declarou ele durante teleconferência de resultados financeiros da operadora nesta quarta, 26. "A TIM não estava na escolha do usuário nesse segmento, mas está agora."

Segundo o executivo, a contribuição do pós-pago – não só para a TIM, quanto para o mercado brasileiro – é pequena, mas a melhora no mix é importante. "Não significa que a TIM não esteja trabalhando nisso, o TIM Black é um ponto de partida para esse posicionamento", declara, citando a nova modalidade de plano lançada em junho. Isso se traduz no crescimento do ARPU pós-pago, que ele afirma ser três vezes maior do que o de planos controle. "Tivemos crescimento de 15% a 20% no pós-pago (no comparativo anual). Posso garantir que é um resultado muito, muito positivo, porque não lembro de uma elasticidade desse tipo frente a uma campanha", avalia.

De Angelis diz que isso explica uma tendência de queda no market share da base 4G da TIM, apesar dos esforços para aumento de cobertura: em junho de 2016, a empresa detinha 28,15% do mercado, o que foi reduzido para 27,80% em junho deste ano. "Se olhar o market share de receita, tem uma trajetória bem mais positiva do que a do SIMcard", compara. "Nosso esforço hoje tem de ser em manter esse market share que temos no 4G, é uma evolução que não será instantânea, não vai mudar em um trimestre", diz.

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Infraestrutura

Na visão do CEO da operadora, o foco na ampliação de capacidade e cobertura da infraestrutura está ligado ao processo complexo de trazer mais clientes para o LTE. "Essa transformação (da base) é um fato, está acontecendo e está trazendo resultado, uma vez que estamos aumentando a participação em receita", declara o executivo. Ele diz estar confiante na trajetória do plano industrial da TIM, coerente com o foco na infraestrutura em 4G e em desenvolver fibra para backhaul. A operadora deverá fechar julho com 2 mil cidades cobertas com a tecnologia na faixa de 700 MHz.

O CTO da TIM, Leonardo Capdeville explica ainda que essa expansão do LTE tirou um pouco o foco que a empresa tinha na composição de rede heterogênea com small cells e Wi-Fi. Ele diz que as pequenas estações radiobase tinham como maior objetivo fazer offload do tráfego 3G. "Com o 4G, isso mudou, é uma rede mais resiliente e mais preparada", afirma. "A gente optou por expandir a cobertura 4G usando a rede macro, que é o que dá vazão para o tráfego, mas no futuro vamos voltar a densificação de small cells", assegura.

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