Tráfego móvel do 4G da Vivo já representa 13% do total em "algumas capitais"

Além de focar em investimentos em fibra, o investimento que será feito pela Telefônica/Vivo em 2014 tem outro foco: expandir o serviço 4G e 3G, tanto com infraestrutura quanto com serviços. Durante a conferência para analistas nesta quarta-feira, 26, o diretor geral da operadora, Paulo César Teixeira, reiterou o compromisso em levar a empresa a se transformar em uma companhia digital ao investir nas receitas com dados móveis em 2014.

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A receita de dados e SVA já apresentou crescimento de 21,8% em 2013, fechando o ano com R$ 6,8 bilhões.  O executivo confirma que a estratégia é "promover o uso de dados em webphones e smartphones" com novos serviços. Como exemplo, a companhia tem investido em over-the-top (OTT), como a plataforma de streaming de música Vivo Music by Napster e o recém-lançado Nuvem do Jornaleiro, que dá acesso a revistas e jornais.

Promover o uso de dados poderá ser especialmente eficaz com o LTE. "Temos capitais em que o tráfego de dados do 4G já representa 12% ou 13% (do total do tráfego móvel), então temos robustez muito grande e aceleração significativa", declara, dizendo que o crescimento foi mais rápido do que o presenciado com o 3G quando foi lançado. Teixeira não revela quais cidades foram, mas diz que em algumas delas "o crescimento de participação de tráfego é de dígito duplo".

Para permitir isso, a operadora justifica que, ao contrário dos concorrentes, que disputam o mercado com políticas agressivas de preços, ela pretende conquistar o consumidor investindo em qualidade. A Vivo afirma que hoje tem 73 cidades cobertas com o 4G e 3,1 mil cidades com o 3G.  Mas além de destinar Capex para proporcionar mais infraestrutura de fibra para fixo e backhaul para o móvel, a empresa não quis detalhar que outras medidas pretende tomar.

É sabido, entretanto, que a Vivo já realizou testes com femtocells da Alcatel-Lucent pelo menos até o final do ano passado. Ao ser perguntado se isso inclui estratégia de redes heterogêneas,  à exemplo da TIM, Teixeira se recusou a comentar ou dar previsões. Da mesma forma, a estratégia internacional de virtualização de rede, anunciada em Barcelona na terça-feira, não tem ainda previsão, segundo o executivo.

Novo leilão

A política da Telefônica tem sido evitar comentar sobre o leilão de 700 MHz até que a Anatel divulgue mais detalhes sobre como será o certame. "É muito cedo ainda para ter uma ideia, vai ser muito complexo e temos muitos pontos para consertar. Acho que precisa ter toda a informação para ver nossa estratégia sobre isso", declara Paulo César Teixeira.

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