A projeção do abastecimento de tablets para 2014 no mercado mundial é de desaceleração no crescimento, segundo relatório da empresa de pesquisas IDC divulgado nesta terça, 25. Essa pisada no freio é significativa: de 52,3% de crescimento anual em 2013 para apenas 7,2% em 2014. Um grande responsável por isso foi o primeiro declínio no desempenho do iPad: 12,7% de queda, totalizando 64,9 milhões de unidades do aparelho da Apple.
No geral, o mercado global de tablets deverá ser abastecido com 235,7 milhões de aparelhos. A maior parte (67,7%, ou 159,5 milhões de tablets) é equipada com o Android, um aumento de 16% em relação a 2013. Já os dispositivos equipados com Windows somarão 10,9 milhões de unidades ao final do ano, ou 4,6% de market share.
A maior parte da movimentação total será de mercados emergentes (50,6%), com 119,3 milhões de unidades em 2014 após crescimento de 11,5%. Os mercados maduros terão 116,4 milhões de unidades, aumento de 3,1% em relação a 2013.
A análise da IDC é de que há um ciclo de vida maior no tablet do que em smartphones. Em vez de o usuário trocar de aparelho a cada dois ou três anos, como nos telefones, essa mudança estaria ocorrendo em um intervalo de três até quatro anos. Isso ocorreria tanto pelo suporte de software (em particular o iOS) a hardwares antigos quanto pelo aumento do uso de smartphone para mais funções, até pelas telas cada vez maiores desses dispositivos.
Outro fator negativo é o desempenho a tablets conversíveis em notebooks: o mercado será abastecido com 8,7 milhões de unidades em 2014, ou 4% do total dos tablets. A IDC atribui isso à "reticência do consumidor com a plataforma Windows 8, com a qual a maioria dos dispositivos 2-em-1 são feitos".
Previsões
A empresa ressalta também fatores que poderão afetar o mercado no futuro, como o lançamento do Windows 10, o suposto iPad Pro (com tela maior e mais próximo dos computadores Mac) e o que o Google irá fazer com o espaço entre o Android e o Chrome OS. Assim, a previsão para 2018 é que o volume total de tablets no mundo seja de 285,9 milhões de unidades, crescimento de 3,8% em relação ao ano anterior e de 5,4% no crescimento médio anual (CAGR) entre 2018 e 2014. A IDC acredita que o iPad continuará a cair em participação, ficando com 24,5% após um crescimento de 2,2% em relação a 2017, mas com queda de 1,1% em CAGR. Já o Android manterá a liderança com 64% de market share, aumento de 2,2% e de 5,9% respectivamente. Quem realmente cresceria seriam os aparelhos com Windows: 11,4% de participação, com crescimento de 17,9% e 38,1%.
Em termos de distribuição sociogeográfica, os mercados emergentes ficariam em 2018 com 52,2% do total, aumento de 4,5% em relação ao ano anterior e com CAGR de 6,9% no intervalo de quatro anos. Os mercados maduros cresceriam 3% e 3,9%, ficando com 47,8% de market share.
