A receita da TIM cresceu 3,2% no segundo trimestre e totalizou R$ 3,942 bilhões, segundo divulgou a companhia em seu balanço financeiro nesta terça-feira, 25. Contando com o acumulado do primeiro semestre do ano, foram R$ 7,894 bilhões, aumento de 2,9%.
A receita líquida de serviços foi de R$ 3,750 bilhões no segundo trimestre, um crescimento de 5%; enquanto no semestre foi de R$ 7,494 bilhões, aumento de 4,2%. A empresa não discrimina, mas afirma que o segmento móvel cresceu 5%, enquanto o fixo registrou aumento de 6,6%. A participação da receita de dados sobre os serviços móveis cresceu 15 pontos percentuais (p.p.) e fechou junho em 60%.
Pelo que a companhia chama de "receita líquida móvel inovativa", que significa o serviço de dados, houve um crescimento de 46,1% no trimestre, total de R$ 2,002 bilhões; e de 38,6% no semestre, total de R$ 3,725 bilhões. Com os serviços de valor agregado (SVAs), a receita foi de R$ 2,128 bilhões, aumento de 40,9%; e de R$ 3,977 bilhões, aumento de 33%. A companhia afirma que esse avanço "mais do que compensou" a redução das receitas de serviços de voz, a "lenta recuperação macroeconômica e o impacto negativo da VU-M".
A receita média por usuário cresceu 12,6%, encerrando o primeiro semestre em R$ 19,38. O ARPU de SVA atingiu R$ 11,6, crescimento de 51,5%. A empresa diz que os esforços para aumentar penetração de novo portfólio de ofertas foram "fundamentais" para o desempenho no ARPU.
A receita de serviços fixos aumentou 6,6% (total de R$ 195 milhões) e 2,7% (total de R$ 374 milhões) no trimestre e semestre, respectivamente. A receita líquida da TIM Live cresceu 32%, enquanto a base de usuários aumentou 23% e totalizou 348 mil acessos. Desse total, o mix de clientes com planos acima de 50 Mbps subiu 11% – mesmo percentual que a empresa afirma ter aumentado o ARPU.
Lucros e investimentos
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) normalizado (pela venda de torres e "outros itens") foi de R$ 1,391 bilhão no segundo trimestre, aumento de 15,5%. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, foi de R$ 2,653 bilhões, aumento de 12,1%. A margem EBTIDA normalizada foi de 35,3%, aumento de 3,8 pontos percentuais; e de 33,6%, avanço de 2,8 p.p..
O lucro líquido reportado cresceu quase três vezes (194,1%) em relação ao ano passado, totalizando R$ 219 milhões no trimestre. Considerando o período de janeiro a junho foi de R$ 351 milhões, aumento de 73,5%.
O Capex da empresa, excluindo aquisições de licenças, foi de R$ 809 milhões, redução de 17% em relação ao segundo trimestre de 2016. No acumulado dos dois primeiros trimestres, foi de R$ 1,478 bilhão, queda de 12,3%. A TIM diz que 90% dos investimentos foram dedicados à infraestrutura, principalmente para tecnologias 3G e 4G.
Em busca das economias operacionais, a companhia apresentou o novo plano de eficiência para o triênio 2017-2019. De R$ 1,7 bilhão originalmente planejado entre 2016 e 2018, passou para R$ 1,1 bilhão. A companhia espera conseguir a redução com a digitalização de processos de negócios e administrativos, remodelagem de canais de venda, o fim do aluguel de linhas, racionalizar fornecedores de rede e TI e orçamento "base-zero".
A dívida líquida da TIM foi de R$ 4,4 bilhões ao final de junho, contra R$ 3,957 bilhões no ano passado. A relação dívida líquida/EBTIDA foi de 0.8x, contra 0.73x em igual período de 2016.
Operacional
A companhia destacou o crescimento de 65% do tráfego 4G em Brasília após o pleno funcionamento da faixa de 700 MHz. Diz ainda que, por meio do refarming da faixa de 1,8 GHz – agora chegando a 15 MHz no Estado do Rio de Janeiro e interior de São Paulo -, a velocidade de download melhorou 60%. Também ressalta o lançamento do VoLTE nas cidades com disponibilidades na faixa de 700 MHz, a começar por Brasília; e o avanço de 16% no número de hotspots e small cells.
Os esforços na cobertura 4G resultaram em 1.850 localidades, fato amplamente divulgado pela operadora. Foram 528 novas cidades no segundo trimestre, deixando assim 80% da população brasileira coberta. A TIM lembra que mais de 90% dos sites contam com backhaul proprietário. Com isso, a proporção do tráfego LTE que é gerado por aparelhos 4G na rede da operadora cresceu de 48% no ano passado para 71% ao final de junho.
O mix da base melhorou. No final do semestre, 15,8 milhões de linhas eram pós-pagas, um crescimento de 15% ano a ano. Já a base pré-paga caiu 10% e fechou o período em 45 milhões de acessos. A empresa diz que a migração para o pós cresceu 32% nas adições brutas, sendo 20% das adições após o lançamento do plano TIM Black em junho, trazendo ligações ilimitadas e aparelhos com fidelização.
Na banda larga fixa, a TIM destacou o lançamento do serviço móvel-fixo com o WTTx (via 4G em 700 MHz). A empresa realizou um soft launch do produto em Campo Grande/MS.