SDNs precisam de padrões abertos para popularização

Como evolução natural das redes de data centers e de telecomunicações, as redes definidas por software (SDN) são ainda uma promessa para o mercado. De acordo com estudo da MarketsandMarkets divulgado em abril, as receitas do mercado da solução deverão somar US$ 3,67 bilhões até 2019, um crescimento de 11 vezes o esperado para este ano, que deverá ter receita de US$ 290 milhões. Na visão do diretor de tecnologia (CTO) da Ciena, Hector Silva, essa tendência também chegará à América Latina – desde que sejam adotados padrões abertos.

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A ideia é permitir aos provedores de Internet (ISPs) a possibilidade de escolher diferentes soluções, deixando a rede mais adaptável e flexível. "O ISP pode orquestrar e gerenciar diferentes plataformas e fornecedores, além de diferentes camadas e uma entidade única para otimizar os recursos e não operar de uma forma isolada", explica Silva. Justamente por ainda estar se discutindo padronização, ele diz que é cedo para adoção dessas soluções, a menos que sejam produtos de camadas únicas e de fornecedores específicos. "As SDNs (no conceito de plataforma aberta) estão acontecendo atualmente, não em termos de implantação, mas em fatos como padronização e desenvolvimento", declara. Uma vez que essa etapa esteja completa, a Ciena pretende começar o desenvolvimento de componentes.

Especificamente para a América Latina, a ideia de usar SDNs com padrões abertos tem como apelo a oportunidade de trazer serviços "com melhor receita em vez de economia". Ou seja, segundo o executivo da Ciena, as soluções poderiam melhorar a lucratividade do ISP, permitindo a criação de mais serviços ao otimizar a infraestrutura. "Por muitos anos, as operadoras estão começando a perder um pouco em espaço vazio nas redes em termos de capacidade, mas eles não estão sabendo por causa de contratos. Com a Ciena, você pode solicitar otimizar todos esses recursos, podendo ter mais fragmentação", diz Hector Silva. Isso significa gerar melhorar o desempenho da infraestrutura ao aproveitar melhor a capacidade.

Com o tempo, garante Silva, os provedores entendem os benefícios de implantações dessas novas tecnologias, que já são mais presentes no mundo da Tecnologia da Informação. "A SDN está trazendo esses benefícios que o mundo de TI traz para o data center e esse tipo de flexibilidade. Em termos de revolução, traz mudanças na forma que os operadores têm a rede com a qual eles podem monetizar e pegar benefícios", conclui.

Virtualização

Segundo o CTO, as SDNs estarão também relacionadas à virtualização de funções de redes (NFV), outra tecnologia que promete mudar a arquitetura de infraestrutura de telecomunicações para os próximos anos. "Um facilita o outro: um lado da SDN permite a (virtualização de) plataforma de dados e do console de sistema e, para usá-los, isso inclui a orquestração dessa camada." Silva diz ainda que, ao usar a infraestrutura ótica flexível das SDNs, os ISPs podem começar a pensar em prover NFV para o consumidor final, virtualizando a última camada da rede. "Ela complementa a SDN em flexibilidade e ela permite os benefícios de NFV para tipos específicos de solução".

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