BNDES quer projetos piloto para atuar como implementador do Plano Nacional de IoT

Após a realização do estudo com a Mckinsey, o BNDES vai atuar como implementador do Plano Nacional de Internet das Coisas, fazendo testes com projetos piloto e realizando chamada para que interessados – usuários, empresas e fornecedoras – formem um consórcio para estimular a participação de startups. A ideia, segundo o head de ICT da instituição financeira, Ricardo Rivera, é fomentar não apenas a oferta, mas também a demanda para a IoT, enfrentando barreiras "em nível micro" como a desconfiança em relação à privacidade e segurança.

O BNDES espera que, a partir de experiências com pilotos, possa extrapolar para outras áreas maiores. Rivera cita como exemplo o uso de IoT para saúde digital em um hosptial inicialmente e "para eventualmente transbordar para o SUS". "Projetos piloto serão financiados pelo banco, [daremos] maiores detalhes em junho", declarou ele durante debate no Painel Telebrasil 2018 nesta quinta-feira, 24.

Além desses pilotos, o BNDES planeja lançar um fundo de venture debt, para que empresas pequenas não precisem diluir o capital, "porque precisam crescer rápido". Há também uma iniciativa de capital anjo para startups. "Temos a linha Finame, o cartão do BNDES, e agora precisamos ver como realizar o financiamento para IoT", acrescenta Rivera. O BNDES ainda busca uma maneira de levar prefeitos e governadores a investir em smart cities, outra área de foco do Plano de IoT. Para tanto, trabalhará com uma cartilha, com passo a passo de como fazer iniciativas de financiamento pela cidade, oferecendo a segurança para as administrações.

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Para além do Plano, o BNDES oferece uma "provocação" junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e à Anatel para um financiamento reembolsável utilizando recursos do Fust. "Temos clareza que ele é central para deslanchar investimentos", declara.

1 COMENTÁRIO

  1. O FUST foi instituído para a universalização dos serviços de telecomunicações. Em uma outra matéria, consta que a minuta do decreto de IoT que vai ser publicada estabelece que IoT:

    "…não se confunde com a infraestrutura necessária para prestação de serviços de telecomunicações entre pessoas nos termos da Lei 9.472, de 16 de julho de 1997". O documento ainda cita a definição de SVA na LGT, reiterando que não se trata de um serviço de telecomunicações."

    Não faz sentido FUST para IoT no momento, quando se tem a região rural com gap de cobertura de conectividade, escolas sem conectividade, postos de saúde sem conectividade. Minha sugestão seria buscar recursos de algum fundo para o desenvolvimento, pesquisa e inovação tecnológica.

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