Chehadé, da ICANN, fala em "modelo do meio" para governança da Internet

Questionado por este noticiário se concordava com a posição da presidenta Dilma Rousseff de que a governança da Internet deve ter a participação de governos nos temas que lhes dizem respeito, o presidente da Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), Fadi Chehadé, disse que concordava com a presidenta, mas apontou para a dificuldade em encontrar um "modelo do meio", ou seja, que contemple a participação de governos de forma igualitária, como pedia a presidenta, e dos demais stakeholders.

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"Nós não sabemos qual seria um modelo do meio, mas algum modelo deve aparecer. Algum modelo que dê conforto aos governos e aos multistakeholders", disse ele. "Em certo sentido, é isso que a presidenta de vocês disse. Ela disse que temos que ser criativos neste século 21 e encontrar caminhos para que todos os participantes atinjam os seus objetivos, sem forçar ninguém nos modelos uns dos outros. E isso não é fácil", disse o presidente da ICANN.

"Nós não encontramos a solução ainda, mas a presidenta de vocês abriu a porta para a discussão sobre como potencialmente podemos encontrar uma solução", afirma Chehadé.

Como se sabe, o governo dos Estados Unidos concordou em discutir propostas para a globalização da ICANN, desde que esses modelos não sejam intergovernamentais ou liderados por governos. Os EUA anunciaram também que não irão renovar o contrato com a Internet Assigned Numbers Authority (IANA), que vence em setembro do ano que vem, abrindo caminho para a implementação de uma governança multissetorial pelo menos no que diz respeito à distribuição dos endereços IPs e dos nomes de domínio da Internet.

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