Os acionistas da Eletronet não conseguiram chegar a uma decisão sobre as propostas de destituição de todos os direitos da sócia AES Bandeirante e confissão de falência da operadora, em assembléia realizada nesta quinta, 24. Com isso, o conselho de administração da Lightpar, sócia controladora da empresa, deve reunir-se nesta sexta, 25, para definir como as questões serão encaminhadas. A expectativa é de que a decisão seja remetida às concessionárias de energia ligadas à Eletrobrás que participam do conselho da holding estatal.
Em caso de falência, a Lightpar, que também é credora da Eletronet (já que o pagamento pelos direitos de passagem junto às linhas de transmissão das concessionárias está atrasado em cerca de R$ 35 milhões) precisará encontrar uma fórmula para apresentar às concessionárias de energia locais que permita a indenização pela apropriação das fibras, parte dos cabos OPGW hoje usados para a rede de segurança das linhas de transmissão de energia.
A Eletronet dispõe em caixa de cerca de R$ 2 milhões, o suficiente para manter a operação por dois meses, sem o pagamento das dívidas com fornecedores ou direito de passagem.
O governo deve responder à altura, e provavelmente tratará a AES no âmbito de um problema maior, envolvendo também as participações a Cemig, Eletropaulo e as obrigações pendentes com o BNDES. A decisão está nas mãos do presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli, e da ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef.