O CPqD comunicou nesta terça, 23, que enviou para fabricação um protótipo de chip de 40 nanômetros totalmente desenvolvido no Brasil para sistemas óticos. O componente sairá dos laboratórios da instituição em Campinas para a fabricação em Taiwan de uma versão para testes. Segundo o centro, o desenvolvimento nacional do chip é importante porque a indústria brasileira de comunicações óticas de alta velocidade hoje depende de componentes importados e que são produzidos por poucos fornecedores no mundo. A ideia é também inserir o País no cenário da microeletrônica de alta complexidade com design de sistemas no chip (SoC).
O chip teste será produzido pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) e estará disponível no início de 2015 para utilização em provas de conceito, resultando então em uma versão final do processador. O novo chip deverá estar pronto para comercialização no início de 2016, segundo o CPqD.
A fabricação do protótipo é a primeira de um projeto iniciado no ano passado e que conta com apoio financeiro do BNDES e parceria da Padtec, que atua como interveniente industrial. Esse projeto tem três anos de duração e visa desenvolver um processador de rede de transporte ótico (OTN) com a tecnologia de 40 nanômetros. A entidade trabalha ainda no desenvolvimento de um processador de sinais digitais (DSP) para módulos transceptores óticos com tecnologia de 16 nanômetros.