A produção local de aparelhos GSM da Sony Ericsson deverá atingir 1 milhão de unidades ao ano, a partir de 2005. Iniciada neste mês, a fabricação foi terceirizada para a Flextronics, em Sorocaba (SP), que já entregou o primeiro lote do produto para as operadoras. O investimento (valor não revelado) é da própria Flextronics, na expansão de suas linhas, disse o diretor de operações da Sony Ericsson para as Américas, José Ricardo Franchito. Por enquanto, a fábrica fará apenas os modelos T230 (para consumo interno) e o T237 (que será exportado para toda a América Latina, exceto México, onde a Sony Ericsson também fabrica aparelhos). A exportação começa no próximo mês.
A demanda do mercado brasileiro de aparelhos deve ser de cerca de 10 milhões de unidades para todas as tecnologias, daqui até o final do ano, na estimativa da empresa. Até o Natal, considerado o melhor período de vendas, a base de assinantes de telefonia móvel do País deve passar dos atuais 57 milhões para algo entre 65 milhões e 68 milhões, de acordo com estimativas do gerente geral para o Brasil da Sony Ericsson, Silvio Stagni.
Maior market share
A empresa trouxe a produção para o Brasil por dois motivos principais: aumentar seu market share e competir mais agressivamente com os demais fornecedores, afirma Stagni. No mundo, a Sony Ericsson estima deter 7% de participação (ou 6,6% segundo pesquisa do Gartner Group divulgada no início deste mês). O percentual no Brasil não é considerado ?justo? por Stagni, embora não revele o número.
Na parte fiscal, Stagni diz que enquanto o ICMS sobre a importação de handsets está em 18%, na fabricação local, no Estado de São Paulo o ICMS incidente é de 7%.
Stagni diz que a demanda está concentrada na aquisição de novos usuários (80% do total) e na reposição de aparelhos com mais conteúdo (20% das novas compras de celulares). Na Europa, o índice de reposição de aparelhos já está em 80%.
