Canal móvel terá mesmo conteúdo da HDTV, diz Globo

A transmissão de TV digital que começará em dezembro deste ano será composta tanto de um sinal em alta definição (HDTV) quanto um de baixa definição para aparelhos portáteis (1 SEG), e ambos terão o mesmo conteúdo da atual TV analógica. Quem garante é o gerente do departamento de projetos de transmissão digital da TV Globo, Paulo Henrique de Castro. ?É até mais fácil para as emissoras transmitir o mesmo conteúdo?, explica. O governo brasileiro estava preocupado com o risco de os radiodifusores transmitirem conteúdos diferentes em 1 SEG porque alguns modelos de set-top box que serão comercializados no Brasil receberão apenas o sinal 1 SEG ? é o caso daquele produzido pelo consórcio formado por Encore, Telavo e Teikon. O executivo da TV Globo abriu com uma palestra no segundo dia do 7º Congresso Latino-Americano de Satélites, organizado pela Converge Comunicações e Convergência Latina, nesta sexta-feira, 21, no Rio de Janeiro. O evento é promovido pelas revistas TELETIME e TELA VIVA.
Castro lembrou, entretanto, que no Japão está se estudando a possibilidade de diversificar o conteúdo transmitido em 1 SEG, adequando-o ao perfil de uso da TV em aparelhos portáteis. ?Existe um novo horário nobre para os aparelhos portáteis: é a hora em que as pessoas estão indo e voltando do trabalho. E também a hora do almoço?, afirma o executivo da TV Globo.
A definição de imagem em 1 SEG equivale a 25%daquela em SDTV, o que só permite a visualização em telas de no máximo 14 polegadas, mas consegue atingir uma taxa de 30 frames por segundo, o que é melhor que a maioria dos serviços de streaming oferecidos hoje nos celulares.

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Sobre multiprogamação com canais de SDTV, Castro voltou a repetir que dificilmente ela seria interessante do ponto de vista econômico, já que a receita publicitária não sustentaria o projeto. ?Não haverá quatro Casas Bahia para anunciar nos quatro canais?, compara.

Satélites

A Globo segue em negociação para a compra de mais capacidade satelital para a transmissão em HDTV. É essencial que a transmissão seja criptografada, para atender às exigências dos detentores de direitos sobre os conteúdos veiculados.
Paralelamente, Castro lembrou que deve aumentar no futuro o uso de fibra óptica para a transmissão de eventos em estádios. No Rio, com o Pan-Americano, por exemplo, várias arenas esportivas foram equipadas com fibras ópticas. De qualquer forma, a exigência de redundância da Globo deve garantir ainda links via satélite nessas transmissões.
O executivo da Globo não demonstrou preocupação com a possível escassez de capacidade satelital na América Latina. ?As operadoras podem realocar a cobertura de seus satélites para atender regiões com aumento de demanda?, explica.
Ainda não se sabe como será feita a migração para HDTV da transmissão que hoje acontece em banda C para cerca de 15 milhões de domicílios no Brasil. Castro acredita que o tema venha a ser debatido pelo Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital.

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