Outro ponto ressaltado por Henrique Neves – e que deve levar à criação de um sistema pré-pago para a telefonia fixa – é que a penetração nas classes de menor poder aquisitivo tem representado um aumento na inadimplência. Ele exemplifica mostrando as provisões para devedores duvidosos, que representaram 3% dos custos operacionais da empresa na primeira metade de 2000, contra uma média de 1,2% a 1,4% em 1999. O número cresceu também devido às mudanças no sistema de arrecadação da operadora neste ano. A meta é que, a curto prazo, as provisões sejam inferiores a 2% dos custos operacionais. Neves não teme, porém, que o sistema pré-pago que está sendo estudado pela companhia leve a uma queda na rentabilidade, a exemplo do que ocorreu na telefonia celular. "A questão é posicionar bem o produto para que não haja migração de quem está no pós-pago", explica.