O presidente da Anatel, Renato Guerreiro, disse que não polemizaria com o ministro das comunicações, Pimenta da Veiga, a respeito da questão da Intelig. O ministro declarou esta semana que não concordava com a postura da Anatel em permitir que a operadora começasse a funcionar com a Sprint ainda como sócia. "O ministro é um homem público e tem direito à sua opinião", disse Guerreiro. Ele apenas justificou a posição da agência com os seguintes argumentos: 1) a competição na longa distância inter-regional já se dá entre os operadores regionais, a Embratel e brevemente com as espelhos. Isso significa que a entrada da Intelig, nessa modalidade, não é tão relevante; 2) nas ligações locais, enquanto as espelhos não entram em operação ainda há monopólio das operadoras regionais. Nem por isso se cogita a hipótese da Embratel entrar nesse mercado; 3) Na longa distância inter-regional e internacional é que a Embratel está em situação de monopólio, por enquanto. Com a entrada da Intelig em operação haveria situação de oligopólio. "Caso as duas empresas tenham, na prática, um mesmo dono, não sei se há diferença entre o monopólio e o oligopólio", disse o presidente.
