A demora na licitação para as freqüências de 3,5 GHz e 10,5 GHz, cujos editais foram colocados em consulta pública nesta terça-feira, 16, deve fazer com que a procura por licenças nestas faixas seja menor do que os fabricantes de equipamentos esperavam. O momento atual, pouco favorável a novos investimentos, e a considerável implementação de redes metropolitanas de fibras ópticas e de acessos em ADSL nos últimos anos tende a arrefecer os ânimos das operadoras (de serviços limitados ou públicos) em adotar esta solução ponto-multiponto de transmissão de dados e voz. De acordo com Lierson Brígido, diretor de engenharia e marketing da Marconi, um dos fornecedores interessados nas novas freqüências, a demanda por infra-estrutura para atuar nestas faixas será 25% a 30% menor do que seria em 1999, quando a Anatel definiu a canalização do espectro que originou o processo de regulamentação.