Para especialistas, empresas destinam pouca verba publicitária aos canais móveis

Apesar do tema do último painel do primeiro dia do Web Expo Forum ser "A internet fora do browser", os debatedores não perderam a oportunidade de exaltar o crescimento da força do marketing móvel (nos celulares e demais dispositivos móveis) em relação ao potencial das mídias tradicionais.
Segundo Leo Xavier, CEO da Pontomobi, o centímetro quadrado mais valioso da publicidade é o do celular. "É mais valioso que qualquer página de revista ou de jornal, pois nenhuma mídia cresce tanto e tem tanta penetração quanto a móvel", explica.
Por esse motivo, Fernando Tassinari, general manager da Razorfish no Brasil, defende que as verbas publicitárias das empresas deveriam ser coerentes com a evolução da indústria móvel. "Não é justo 70% da verba de marketing ser direcionada à TV e menos de 1% para o mobile", argumenta. "Tenho certeza de que nesta plateia vocês assistem mais programas de TV na Internet do que na própria mídia televisiva", acrescentou.

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Federico Massamormile, CEO da Hanzo, disse que "ainda há muita verba publicitárias nas TVs, revistas e jornais" e citou um estudo internacional para mostrar o potencial da publicidade móvel entre o público jovem. Segundo o levantamento, 40% dos brasileiros de 15 a 24 anos possuem um serviço de banda larga móvel. "O Brasil ainda está longe de países como a China, com 84%, e Estados Unidos, com 83%, mas é o oitavo país do mundo com mais jovens acessando dados móveis", diz. O executivo italiano acrescentou ainda que a mídia móvel tem atrativos e diferenciais que a torna única, como a possibilidade de identificar o usuário, onde ele está e o que faz em determinado momento, o marketing one-to-one, além da interação e interatividade. "A Unilever aposta no mobile como o canal principal de sua estratégia de marketing nos próximos anos", exemplifica.
Para ratificar a força das mídias móveis, o vice-presidente da Mowa, Guilherme Santa Rosa, comparou-a com a telefonia fixa. "Em 100 anos, a telefonia fixa alcançou 1 bilhão de aparelhos no mundo. A telefonia móvel atingiu 5 bilhões de terminais em 20 anos", diz. "Os smartphones já vendem mais que PCs no Brasil e até 2014 teremos cerca de 50 milhões desses aparelhos, 2,5 bilhões no mundo", finalizou.

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