Após bancos, varejo deve alavancar Open Gateway no Brasil, diz Infobip

Caio Borges, country manager da Infobip. Imagem: Divulgação/Infobip

Há pouco menos de um ano, o Open Gateway foi impulsionado no Brasil com o lançamento dos primeiros serviços antifraude focados em instituições financeiras – e que envolveu a união das três maiores operadoras do Brasil. Esse movimento, inclusive, ajudou a colocar o Brasil na liderança de requisições da API de SIM Swap no mundo. Mas, de acordo com a Infobip, há outro setor do mercado que deve acelerar ainda mais esse mercado no País: o varejo

Em entrevista ao TELETIME, o country manager da Infobip (integradora de soluções de várias operadoras no Open Gateway), Caio Borges, disse que o mercado de interfaces de programação baseadas no projeto da GSMA tem uma oportunidade a mais de adoção com as varejistas brasileiras. Essas companhias de e-commerce poderiam utilizar a solução, por exemplo, para reforçar a segurança durante o processo de realização de compras.

"Os bancos vieram primeiro porque são os que mais sofrem com fraudes. […] Quando falamos em alguma instituição financeira, estamos falando, às vezes, de bancos com 50 milhões ou 70 milhões de usuários, mas o varejo também vai abocanhar esse mercado", afirmou Borges.

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"Você pode evitar o risco de alguém pegar documentações fraudulentas e criar uma conta. Assim, o Open Gateway pode ser usado em várias frentes dentro da jornada do cliente: para verificar se aquele telefone é daquela pessoa, baseado no CPF; na validação de e-mail, para verificar se aquele e-mail é realmente daquela pessoa. Dessa forma, você já evita isso no primeiro processo dentro daquela jornada e consegue barrar aquela possível fraude", exemplificou.

"Comparando o ano passado com este ano, as operadoras, em geral, começaram a trazer mais este tema do Open Gateway para o mercado. Então, agora as empresas começaram a ter um entendimento maior de como o Open Gateway é e pode ser utilizado, e de como isso pode beneficiá-las", prosseguiu o executivo.

Para Borges, é só uma questão de tempo até que outros setores, além do financeiro, comecem a aderir às soluções baseadas no Open Gateway no País. Para ele, a grande população do País também é outra vantagem para esse mercado. Há outra característica observada pela integradora por aqui. Segundo o country manager, o Brasil é uma região de early adopters – onde novas soluções têm adoção acelerada.

Verificação silenciosa

Uma das principais soluções com o Open Gateway é o sistema de verificação móvel silenciosa (SMV). Em linhas gerais, a ferramenta é capaz de verificar dados do usuário de forma mais rápida do que modelos de autenticação via mensagens SMS. Esse é outro recurso que também poderia ser utilizado pelo varejo.

Segundo Borges, a verificação padrão por meio de confirmação de código via SMS pode demorar, em média, 20 segundos. Com o SMV, esse tempo cai para cinco segundos. "E o cliente não precisa digitar o código que ele está recebendo ali", afirmou o executivo.

Além do aumento da segurança e melhora da experiência do usuário, o country manager disse que há redução de custos para as empresas. "Porque você evita mandar muitos códigos. Às vezes é necessário mandar, para a mesma pessoa, quatro ou cinco códigos. E com o silence mobile verification, é uma vez só", disse.

Requisições em 2024

Um dado que mostra o potencial econômico do Open Gateway no Brasil pode ser observado na quantidade de requisições da API de SIM Swap por aqui. Em março, o País liderava nesse quesito, com 10 milhões de requisições mensais.

Na época, a Infobip projetou que esse número chegasse a 25 milhões em maio. Mas, para o final deste ano, a expectativa é ainda maior. "Falando apenas de SIM Swap, sem falar de SMV ou device location, a gente acredita que esses 25 milhões podem dobrar até o final do ano", disse. 

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